domingo, 22 de maio de 2011

Jesus Omnipresente

Jesus respondeu e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada[1]

E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo.[2]

Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.[3]






[1] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. João 14: 23
[2]ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. Levítico 26:12
[3]ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. II Coríntios 5:10

sábado, 21 de maio de 2011

Jesus Cristo Omnipotente

O pecado é uma escolha pessoal e o meio ambiente não nos pode obrigar a rebelarmos contra Deus. Jesus embora homem, escolheu não pecar, porque o pecado faz uma separação entre Deus e o homem, deste modo, Jesus humano, pôde estar unido ao Jesus divino.
            Jesus nunca usou a natureza divina para benefício próprio, somente em favor do próximo.
                                                                                   
Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.[1]

Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem[2]




ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. Filipenses 3:20 e 21
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. João 2:24 e 25

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jesus, Manifestação da Divindade

Deus veio à Terra, em carne através do Filho Jesus Cristo, embora sua natureza estivesse encoberta.
                                      
“ Todas as coisas me foram entregues por meio do Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”[1]

            A manifestação da divindade de Jesus, não depende só da humanidade, Ele foi um perfeito revelador de Deus, desde a eternidade, o que não se vê em Cristo, não existe em Deus.
            Jesus cumpriu sua missão de nos salvar como homem, porque se Ele nos tivesse salvo como Deus, não iria resultar.
            O nascimento de Jesus é inexplicável, mas isto não significa que Ele não foi homem, porque apesar de Jesus ter realizado feitos, que ninguém mais conseguiu realizar, Ele sentiu fome, sede, sofreu, chorou, se cansou e trabalhou com José em carpintaria, mas nunca esqueceu a missão pela qual veio à Terra.

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz[2]

Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente[3]






ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. Mateus 11:27
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. Isaías 9:6
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995. Romanos 9:5

sábado, 14 de maio de 2011

A Origem da Divindade de Jesus no Antigo Testamento

Na Bíblia se faz uma clara referência às distinções na Divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, são constantemente mencionados como pessoas separadas com funções específicas, que se diz ser efectuadas por cada uma.
            Existe um conhecimento distinto, que identifica a cada Pessoa e, no entanto, existe uma unidade de atributos e natureza. Existem certos conceitos de difícil compreensão para mente finita do ser humano.
            Os que se opõem à doutrina da Trindade rejeitam a Divindade do Filho e do Espírito Santo. Considerando que a Bíblia é a única fonte segura de conhecimento sobre Deus, esta não nos diz nada de um Deus, que não subsista sem uma tripla personalidade.
            A Bíblia declara, que a natureza é a criação do Filho e sustentada por Ele. Enquanto possa conceber-se que as ideias morais possam derivar-se da noção Unitária de Deus, não poderia haver redenção para os que fracassam, se não fosse o sacrifício efectuado pelo Filho.
            O sentimento de que Deus possa perdoar o pecado como um acto de pura generosidade, é um insulto à santidade e ao governo divino. A necessidade da redenção, é evidenciada pelo facto de que Deus, quem a tudo conhece, providenciou a solução. Foi Deus que comprou a Humanidade com o seu próprio sangue. O plano da salvação depende da Divindade do Filho. Uma expressão tal de amor, só se pode expressar “Se Cristo era em forma de Deus, igual a Deus, verdadeiro Deus, então foi um acto de infinito amor e de condescendência de Sua parte, ao fazer-se homem, mas se Ele não era mais que uma criatura, não houve condescendência surpreendente, fazer dele Salvador, Senhor e Juiz e ser adorado pelas criaturas”[1]. Foi o amor do próprio Cristo, que fez com que Ele viesse a este mundo como Salvador. Nenhuma criatura poderia dizer ao Pai: “ E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17:5). Se o Redentor não fosse omnipresente e omnisciente, como poderíamos ter a certeza que Ele ouve as nossas orações e que conhece tudo que sofremos?
            Muitas vezes fala-se que Cristo é superior a Moisés e qualquer dos profetas, assinala-se, que nenhum homem subiu aos céus e que Cristo, é o único, que esteve no céu, pois a palavra Jesus, do Hebraico Yeshua, que significa salvação, tem as mesmas primeiras três letras que a palavra Yahwe, o nome próprio de Deus, que significa aquele que foi, que é e que será, pois Yeshua deriva da palavra Yehoshua, que significa Adonai salva. Estas palavras em Hebraico são compostas pela mesma raiz de Yahwe.

“ Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”[2]

Neste versículo se faz o intento de expressar o pensamento da existência eterna, mediante o uso do pretérito imperfeito do verbo, o qual implica a ideia de um eterno presente. Ele é, não só era no tempo do começo, antes que o mundo fosse criado, por meio da Sua palavra e poder.

“E agora glorifica-me tu ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”[3]

Esta é uma afirmação que Cristo existiu antes da Sua encarnação, neste versículo, Cristo fala com o Pai, a respeito de coisas, que correspondem a eterna relação com a Trindade.


O anjo de Jeová é a pré encarnação de Jesus, que apareceu muitas vezes, no cumprimento dos propósitos de Deus com o seu povo no Antigo
Testamento. A este Ser poderoso, algumas vezes se diz que seu aspecto é “como o aspecto de um anjo de Deus, com o qual nos dá a entender, que Ele sempre esteve na presença de Deus. Este Ser é diferente de todos os anjos criados, Ele é um da Divindade, que serve como mensageiro ou revelador. Ele é a manifestação de Deus:

“ Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Mambre, estando ele assentado à porta da tenda, no calor do dia”[4],

“ Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim, e se não, sabê-lo-ei”[5].

“ E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então lhe disse o anjo do Senhor: torna-te para a tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos”[6]

“ E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: és tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: não, mas venho agora como príncipe do exército do Senhor. Então Josué se prostrou o seu rosto em terra e o adorou… Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: descalça os  sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo.”[7]

“Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres”[8],


“ O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os livra”[9].

Estes versículos demonstram, que o Anjo do Senhor faz parte da Divindade.
O Anjo do Senhor, do Antigo Testamento, é o Cristo do Novo Testamento. Todas as situações relacionadas com a Humanidade, estão relacionadas directamente com Cristo, como se fosse o responsável por tomar as decisões. Foi Cristo que apareceu como Mensageiro do pacto para Abraão, Isaac, Jacob, Agar e Moisés. Foi Ele que tirou o povo de Israel do Egipto, Foi Ele que esteve no Monte Sinai. Malaquias declara, que o Mensageiro do pacto virá subitamente a seu templo, o facto de que se refira “seu templo”, implica que o Mensageiro faça parte da Divindade, que se compraz em morar e encontrar-se no meio do povo. Ele estava no tabernáculo de Moisés, no templo de Salomão, quando esteve na Terra estava quase sempre no templo[10], deste modo cumpriu Cristo a expectativa com respeito ao Messias, que não era outro senão o Mensageiro de Deus do Antigo Testamento. Quando Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento, o povo O recebeu, de uma forma especial, era uma saudação, que na liturgia judaica, significa uma adoração devida a Deus. O povo agiu inconscientemente, pois até aquele momento, Jesus havia evitado demonstrações a respeito de o tratarem como rei, porém com este acto, afirmou o seu direito de Messias. João O anunciou. Ele é Deus e existiu desde a eternidade, Hebreus 13:8 diz “Jesus Cristo, é o mesmo ontem, hoje e eternamente”

“E tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos”[11]

“ Dá-me ouvidos, ó Jacob, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o primeiro, eu também o último”[12]

“Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”[13]

Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele[14]
           



[1] WATSON, Institutes, Importance of the Doctrine of the Trinity,Vol I, p. 458
[2]Bíblia  João 8:58
[3] 
 João 17:5
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
[4] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Génesis 18:1
[5] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Génesis 18:20 e 21
[6] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Génesis 16:7a9
[7] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Josué 5:13a15
[8] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 II Reis 19:35
[9] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Salmos 34:7
[10] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Marcos 11:1a10
[11] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Hebreus 1:10
[12] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Isaías 48:12
[13]Apocalipse 1:8
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
[14] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 Colossenses 1:17

A Divindade de Jesus Perante a História

Após o testemunho apostólico, os cristãos continuaram a afirmar a divindade de Cristo. A história da Igreja dá conta de que só por volta do ano 190 dC um comerciante bizantino de nome Teodoto teria negado a divindade do Salvador. Quando ele teve a sua crença não ortodoxa confrontada, respondeu: "Não neguei a Deus, mas a um homem". No entanto, o debate mais caloroso ocorreu quando Ário, um presbítero de Alexandria (318-320), negou a divindade de Cristo. "Aí pelo ano 320, quando era padre influente na chefia da igreja de Bankalis, começou a espalhar ideias em torno da Trindade, as quais provocaram polémicas". Em uma carta que escreveu a Eusébio, Ário afirmou que Cristo fora criado do nada por obra do Pai. No ano 325 dC, o Concílio de Nicéia condenou Ário por heresia. Entre outras coisas, o Concílio de Nicéia afirmava sobre a divindade de Cristo: "Filho unigénito de Deus, unigénito do Pai de todos os mundos, luz das luzes, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, sendo uma só substância com o Pai; por quem todas as coisas foram feitas (...) desceu do Céu e foi encarnado pelo Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, se tornando homem".
Fica clara a confirmação da divindade de Cristo na relação desse documento. O documento apenas confirmou uma crença já existente, não criando nem inventando nada de novo, como muitos querem forçar-nos a acreditar.
Josh McDowell observa oportunamente que "é importante compreender que essas reuniões de crentes não foram realizadas para sancionar posições teológicas emergentes. Pelo contrário, eles se reuniram para responder para aqueles que se opunham à posição bíblica ortodoxa, já considerada verdadeira". De facto, os cristãos primitivos estavam certos de que Jesus Cristo era o Deus revelado nas páginas do Antigo Testamento.
            Tanto Paulo como Pedro, dois dos mais importantes líderes da Igreja Primitiva, destacam em suas obras a divindade de Cristo. Em sua carta a Tito, o apóstolo dos gentios diz:

"Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus[1]

            Por outro lado, Pedro usa a mesma construção gramatical empregada por Paulo para dizer a mesma verdade:

"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que connosco obtiveram a fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”[2]


Todas essas referências mostram claramente a divindade de Cristo, mas há mais uma que merece a nossa especial atenção. É aquela registrada no Evangelho de João, em seu primeiro capítulo:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus"[3]

Uma observação do versículo de João 1:1 na Bíblia Interlinear Grego – Espanhol mostra-nos: kaí theós ên hó logos – “'E Deus era a Palavra'". O artigo definido “” está acompanhando a palavra “logos”, segundo a regra gramatical grega: hó logos está no caso nominativo, esta palavra pertence a segunda declinação, sendo masculina e está no singular, portanto, o sujeito da frase, pois o artigo tem que concordar em género e caso, o artigo “” está no caso nominativo masculino e no singular. “Ên” verbo ser no imperfeito do indicativo, segundo a regra gramatical grega: depois do verbo ser, obrigatoriamente a palavra a seguir tem a função de atributo, portanto, “théos”, que significa Deus, nesta frase, exerce a função de atributo. O que Deus era, a Palavra era.
Martinho Lutero disse que a ausência do artigo é a prova contra o sabelianismo (ensino que diz haver uma essência - Deus - que se manifestou em três formas sucessivas), enquanto a ordem das palavras é uma prova contra o arianismo (ensino que diz não existir a trindade divina).
Expor isto de outra forma ajuda-nos a enxergar como operam as diferentes construções gregas:
1) Kaí hó lógos ên hó theós – "E a Palavra era o Deus" (isto é, o Pai -
sabelianismo).
2) Kaí hó lógos ên theós – "E a Palavra era um deus" (arianismo).
3) Kaí theós ên hó logos – "E a Palavra era Deus" (é o que está escrito na
Bíblia).




[1]
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
Tito 2:13
[2] 
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 II Pedro 1:1
[3]
ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995
 João 1:1