quinta-feira, 24 de março de 2011

Monte Megido na Profecia

A batalha do Armagedom. Esta será a frase que iremos considerar, neste estudo.
            Nós sabemos, que existe ainda muitas divergências sobre a questão do Grande Dia do Senhor, e particularmente concernente a natureza, o tempo e o lugar do Grande Conflito, que atende pelo nome de Armagedom. Eis aqui, algumas posições do que poderá ser a batalha do Armagedom:
·         Aquela batalha, é um conflito espiritual, entre a verdade e a mentira, entre a justiça e a injustiça.
·         Será particularmente de carácter militar, que toma lugar entre as nações da Terra, dividida indubitavelmente em dois campos, guerreando uns contra os outros.
·         Será uma batalha entre Cristo e os exércitos do céu de um lado e Satanás e os reis da Terra no outro.
·         Será uma batalha que se compartirá em duas ou três facções e enquanto as nações, só estão pensando em combater, o Senhor vai adiante, com os exércitos do céu e terá a Sua controvérsia com as nações da Terra.
O meu propósito, nesta parte do trabalho, é descobrir a verdade sobre o Armagedom, considerando os aspectos revelados nas Escrituras e no Espírito de Profecia.
            O Armagedom é realmente uma guerra em que existirão muitos combates contra a verdade de Deus, contra os santos de Deus das suas próprias nações.
           
2.1 Menção
A palavra Armagedom, é mencionada apenas uma vez na Bíblia, em Apocalipse 16:16 “E os congregaram no lugar, que em hebreu chama-se Armagedom”. É verdade, no entanto, que existem referências a grande e final luta, em muitas passagens da Sagrada Escritura tais como: a referência em Job 38:23 e também a declaração em Ezequiel 13:5.
                        Existem também, certas referências no Espírito de Profecia, que são os artigos publicados e os artigos manuscritos:

 “ A batalha do Armagedom, em breve será lutada, por Aquele cujas vestes está escrito o nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, em breve liderará os exércitos do céu”[1].

Esta é só uma referência, que encontramos nos artigos publicados.
Artigos Manuscritos:

“A batalha do Armagedom, em breve será lutada, por Aquele, cujas vestes está escrito, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, que lidera os exércitos do céu nos Seus cavalos brancos e o Seu exército está vestido de roupas limpas e brancas”[2]
           
“Quatro poderosos anjos, estão segurando os poderes da Terra, até que os servos de Deus sejam selados na testa. As nações do mundo estão sedentas por conflitos, mas eles estão segurados pelos anjos. Quando este poder restringidor for removido, haverá um tempo de confusão e angústia, instrumentos mortíferos de guerra, serão inventados. Com as suas cargas vivas, serão derramados em grande profundidade (isso prevê um conflito físico). Todos que não têm o espírito da verdade, se unirá sob a liderança de Satanás, mas eles permanecerão sob controlo, até o tempo determinado, que será a Grande Batalha do Armagedom”[3].

“Os poderes do mal, não entregarão o conflito sem luta, mas a Providência tem uma parte a actuar na Batalha do Armagedom, quando a Terra, estiver conectada com a glória do anjo de Apocalipse 18, os elementos religiosos, Bem e Mal, acordarão do sono e os exércitos do Deus vivo sairão para o campo de batalha.”[4]

Espírito de Profecia:
            Os escritos do Espírito de Profecia referem-se a este grande conflito também, com os diferentes trechos:
·         É chamada a batalha do “ Grande Dia do Deus Todo-Poderoso”.

“Um terrível conflito está perante nós. Estamos aproximando-nos da batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso, que tem sido mantida em controlo. O anjo da misericórdia, está preparando-se para ir para o céu e deixar o mundo ao controlo de Satanás. Os principados e as potestades da Terra estão em amarga revolta contra os Deus do céu. Eles têm ódio daqueles que servem a Deus e muito em breve, será travada a última batalha entre o Bem e o Mal. A Terra será o campo de batalha, aqui, onde por um longo período de tempo Satanás tem colocado homens contra Deus. A rebelião para será para sempre suprimida”[5]
·         É chamada a última luta contra o governo do céu.
“Cenas temerosas, de um carácter sobrenatural, em breve será revelado nos céus, tomados do poder de obras miraculosas demoníacas. Os espíritos do diabo irá adiante aos reis da Terra e o mundo inteiro se decepcionará e incitará as pessoas a unirem com Satanás, na sua última luta contra o governo do céu.
Por estas agências satânicas, governantes e indivíduos serão igualmente enganados.
Pessoas surgirão pretendendo ser o Cristo e clamando o título e adoração, que pertence unicamente ao Redentor do mundo. Eles farão milagres maravilhosos de cura e professarão ter revelações do céu contradizendo o testemunho da Escritura”[6]

            É chamada a “maior batalha”, porque encerra as cenas da História da Terra.
            “Nós somos chamados a falar da maior batalha, que tomará lugar nas cenas que encerrarão a história da Terra, quando o Senhor abriu o Seu tesouro e tirou as armas da sua indignação, “entraste tu”, pergunta Ele:
 “Até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, que eu retenho até o tempo da angústia, até o dia da peleja e da guerra? O revelador descreve a destruição, que terá lugar quando a grande voz do céu anunciar: “Está feito”, diz Ele: “Sobre homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento”.[7]
Esta citação deveria ser cuidadosamente estudada, pois parece indicar claramente a natureza da grande luta final.
            Embora o Armagedom pareça ser um nome feito e não uma localização geográfica, não seria consistente considerar este nome também um símbolo, como todos os outros do Apocalipse?
“Alguns dos nomes das igrejas endereçadas nas epístolas, não são conjuntamente uma excepção para aqueles, têm um realmente a instrução de ser a igreja mundial. Abadon, Armagedom, Gog e Magog, são nomes apocalípticos e pertencem unicamente a linguagem apocalíptica.”[8]
       “Pelo emprego do termo em Hebraico, a atenção é chamada para a natureza do nome simbólico.”[9]
           




“ O campo de batalha de Débora, a heroína, juíza, e profetisa, e Barac, cujo nome significa relâmpago de um de um lado e os vencidos cananeus do outro, é um símbolo apropriado, para o teatro do conflito final entre o Messias e os exércitos dos espíritos demoníacos.”[10]

2.2 O Significado
            A palavra Armagedom é encontrada, como já foi referido anteriormente, uma vez em toda a Bíblia em Apocalipse 16:16. É geralmente considerado como estando conectado com Megido. Megido por sua vez, é mencionado doze vezes no Antigo Testamento: Josué 12:21, 17:11; Juízes 1:27, 5:19; I Reis 4:12, 9:15; II Reis 9:27, 23:29 e 30; I Crónicas 7:29 e II Crónicas 35:22.
            A primeira passagem bíblica que nos deparamos com o enigma de Megido, está em Zacarias 12:11.
            O Ar no princípio da palavra traduzida como Armagedom, vem da palavra hebraica Har, que significa monte, colina, sendo traduzida aproximadamente quinhentas vezes no Antigo Testamento.
            Se considerarmos a palavra hebraica har com o significado anteriormente mencionado, o resto da palavra Magedom, significa o mesmo que Megido do Antigo Testamento.
            As pessoas podem ser forçadas a pensar nesta palavra como um símbolo, considerando, que é um nome dado por Deus, para expressar, não tanto o limite geográfico, a extensão mundial e principalmente a natureza da última grande batalha do dia do Senhor.
            Aqueles que mantém a ideia, que Megido é um vale, apesar do facto, que a palavra monte, esteja indicada na palavra harmagedon.
            Aqueles que defendem o facto, que quatro grandes batalhas foram lutadas, no Monte Megido e estão mencionadas em Juízes 4 e 5, I Samuel 31:8 e II Reis 23:29 e 30, sem dúvida que as experiências vitoriosas, que aconteceram neste lugar, foram típicas da grande batalha do dia de Deus, as pessoas crêem que o Megido do Antigo

Testamento é Magedon do Novo Testamento, devido a palavra hebraica Gadad, que significa cortar, pressionar, penetrar.
            Também é dado à Megido o significado de, lugar de tropas ou esquadrões e lugar de massacre.

2.3 Localização
            Segundo Apocalipse 16:14, todos os reis da Terra, estão envolvidos, então devemos concluir, que a Terra inteira será o campo de batalha. Esta posição é mantida pelo Espírito de Profecia.
            Não será necessário, que as nações, ganhem uma batalha em um local específico, o conflito será uma extensão mundial, contra a Verdade, os santos de Deus da sua própria nação e por fim, em todo o planeta.

2.4 A Batalha das Nações
            A batalha das nações, é um dos grandes sinais, de que a vinda do Senhor está próxima, segundo referências bíblicas Isaías 9:5, Jeremias 4:19 e 20, Jeremias 25, Joel 1:12 e 18, Zacarias 14, Mateus 24:6 e 7 e Lucas 21:25. Todas as referências bíblicas têm menção e uma explicação, mais desenvolvida nos escritos de Ellen White, nos livros Testemunhos, entre outros.

2.5 Tempo de Duração
            A batalha do Armagedom, está intimamente ligada com o “grande dia do Deus, Todo-Poderoso” (Apoc.16:14). O Armagedom, não virá antes da última provação, além disso, a batalha do Armagedom, só é mencionada na sexta praga.
            A duração da guerra do Armagedom, provavelmente será algum tempo durante a sexta praga e o segundo Advento de Jesus, que ocorrerá no final da sétima praga.
            Quando a guerra do Armagedom, estiver para terminar, haverá o livramento dos santos, que guardam os seus mandamentos (Apoc 16:15)



2.6 A Experiência
            A experiência do povo de Deus, é chamada angústia de Jacob, sendo um tempo de uma purificação intensa, para os redimidos do Senhor, em que sua fé e confiança em Deus serão provadas. As Escrituras prevêem, o que passará ao povo de Deus, segundo descrito em Apoc 13:17. Ao mesmo tempo, que a fé dos redimidos será provada, eles têm a certeza, que Deus não os abandonará (Apoc. 3:10)

2.7 O Livramento

            O Livramento do povo de Deus se iniciará, quando começarem a lembrar de passagens bíblicas, referentes ao Livramento.
            Algum tempo, antes de Jesus voltar, Ele dirá, ao Seu povo o dia e a hora da Sua vinda.












[1]Ellen G. White Testemunhos Vol. 5, pp 705, 706
[2] Ellen G. White Manuscrito 172, 1899
[3] Ellen G. White Manuscrito 79,1900
[4] Ellen G. White Manuscrito 175,1899
[5] Ellen G. White Review  Maio 13, 1902, p 9
[6] Ellen G. White, The Great Controversy, p 624
[7] Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p 509
[8] Isbon T. Beckwith, The Apocalypsis of John, p 250
[9] Pulpit Commentary Revelation, p 396
[10] James Glasgow, The Apocalypsis, Translated and Expounded, p 148

quarta-feira, 23 de março de 2011

Monte Megido e a Planície de Esdraelon

O último dos três grupos de planícies do lado ocidental do Jordão, consiste na Planície de Esdraelon e o Vale de Jezreel, somente duas podem ser consideradas, que estão inteiramente dentro do território judeu. A aquisição desta zona tinha como objectivo criar os limites do Reino do Norte.
            A expansão da planície é sustida com aluvión, para o observador casual, parece estar no mesmo nível, mas de facto, descende gradualmente cerca de 330 pés sobre o nível do mar, perto de Djenim, alguns 80 pés, no ponto em que Kishon, deixa a planície a noroeste. Esta descida lenta é interrompida no centro, pela linha da terra alta e fina, o mais simples aumento, erguendo o nível, não mais que 100 pés, formando um ângulo perpendicular, desde do cume de Tel Adashim, até a base do triângulo no Megido. A encosta da faixa se levanta tão gradualmente, que não é claramente visível do chão, ficou mais evidente por uma linha branca de casas israelitas, construída ao longo do cume. Essa onda na superfície do nível da planície, é o resultado da actividade vulcânica, que tem desviado o curso de Kishon para norte.
            Jezreel, não é a única rota dentro de Esdraelon, existe também a importante estrada da planície de Aser, que foi guardada pelo Haroshet dos gentios, então existe uma linha de cidades desde Accho até Bethshean, fazendo o que é único na geografia palestiniana, uma rota que atravessa a planície desde o mar até o Jordão. A terra está a 350 pés e os desvios são suaves em toda a parte, com vantagens relativamente acrescentadas, com fácil acesso a um planalto oriental. A importância deste corredor, por conseguinte, é muito difícil enfatizar.
No lado esquerdo da planície de Esdraelon localiza-se o Monte Megido, cujo planalto é mais rochoso da secção central do Carmelo. Perto da linha da falha geológica de Taanach, notável travessia para sudoeste aos montes, que terminam na presente vila
de  Ya’bad, tem ajudado a criar a Wadi Abdullah, um estreito, mas possível rota. Ibleão ergue-se a oriente, ao fim da planície de Dotan, uma pequena falha geológica fértil que também se curva a volta de Ya’bad. As duas últimas rotas, por conseguinte, fazem o caminho dentro da planície de Saron pelo Wadi Abu Nar.
De todas estas rotas, o Megido é esmagadoramente a mais importante como nos diz o artigo egípcio da primeira campanha de Tutmosis III, clarifica quando diz:
“A captura de Megido, é a captura de milhares de cidades”[1].
Megido controla não só a entrada, que é uma rota razoavelmente fácil para atravessar o Carmelo, mas também é a rota, mais usada para atravessar a planície. A rota da colina. Os debates dos primeiros judeus nos primeiros anos do século XX, contra a malária e outros problemas dos pântanos, que então existia.
Consequentemente através deste movimento, na seca do Verão estaria restringida a passagem que atravessa a planície no Inverno, era frequente estarem confinados a rota do Megido. O relato de Thutmosis dá a clara ideia, que embora os oficiais discutissem a possibilidade de usar outras rotas para atravessar os montes, o objectivo era Megido e as outras passagens eram mencionadas meramente como outros caminhos em volta do mesmo ponto. Megido não só guardava a passagem, tinha um grande cruzamento, o maior do mundo antigo. Os romanos construíram neste local a fortaleza de Legio Maximinópolis, nome que se dava as residências fortificadas ocupadas pelas legiões romanas, cujo nome persiste na moderna Aldeia de Lejjun, pode--se conjecturar que a mudança do nome do lugar foi feita entre o século I ou III e embora não exista cidade hoje em dia, a existência do Forte Taggart, no Período Mandatório e as trincheiras judias, cortam o conto do Megido, indicando que a importância estratégica deste local, ainda não terminou.
As outras cidades que estavam subordinadas, ainda estão fortemente fortificadas. Jokneam levanta-se para noroeste, fim da planície e por conseguinte abre-se a linha principal de comércio Norte – Sul, no entanto, é o primeiro lugar em que os comerciantes marítimos viriam se viajassem por terra, passariam por Saron, embora a possibilidade de irem por mar, era mais viável. Esta é a única passagem que atravessa o Carmelo, que tem acesso ao Porto de Dor, desde a aproximação ocidental é dupla e tem a longa vantagem de ser a mais baixa de todas as passagens, o ponto mais alto, estando mais de 300 pés mais abaixo que Wadi’Ara.
Foi considerado como uma possível alternativa, a rota do Megido pelos oficiais de Tutmosis III e muito tempo depois na história, Napoleão escolheu este local, para o seu avanço em direcção ao Acre.
            A rota pelo Wadi Abdullah para Taanach, é possivelmente a menos atractiva de todos, pois ambos os caminhos são estreitos e íngremes, existindo uma subida de 1250 metros. No entanto, Taanach está perto o suficiente de Megido para ser seu rival, controlando os cruzamentos e realmente as duas cidades, têm tendência a florescer alternadamente, invés de ser ao mesmo tempo, Taanach, sendo uma montanha tão importante quanto Megido, por outro lado a rota de Dotan, que junta o Wadi Abdullah está perto de Ya’bad, o caminho está bem demarcado e de fácil acesso, esta rota, é frequentemente preferida a rota de Wadi’Ara, especialmente se as intenções eram tomadas em direcção a Jezreel e Bethshean.
            A entrada da Planície de Esdraelon, é estreita, tem um desfiladeiro cerca de duas milhas de distância, guardada em uma extremidade dos ricos, fizeram acordos em Engannim (Djenin) e outro pela fortaleza de Ibleão.
            Dotan está situada na baixa de uma falha geológica, que compreende não somente Saron, mas Samaria e também Siquém.
            Todas estas cidades foram importantes, no Período do Antigo Testamento. A cidade de Megido, que foi tomada por Tutmosis III, não foi somente pelo seu primeiro significado do lugar. Aquele lugar tinha sido construído na Idade do Bronze cerca de 3000 a.C, embora este lugar tivesse sido uma aldeia há milhares de anos.
Os egípcios, mantinham controlo desta posição e da grande fortaleza em Bethshean, até a segunda metade do século XII a.C e a grande batalha “pelas águas de Megido”, descrito em Juízes capítulo 5, é datada por Albright cerca de 1125 a.C. Mais tarde, a cidade foi fortificada por Salomão, que fabricou o único carro de guerra das cidades (I Reis 9:15) e ainda mais tarde viu a morte do rei Acazias, a quem Jeú tinha matado perto de Ibleão e a derrota de Josias, que tinha ido ao norte verificar o avanço do Faraó Neco, contra os babilónicos, onde foi derrotado e ferido mortalmente (II Reis 9: 27, 23 e 29). As outras cidades, são mencionadas também em Juízes 1: 27) como tendo sido muito fortes e, mesmo assim, foi tomada pelos israelitas, quando os primeiros vieram ao país e como tendo finalmente sido tomada pela tribo de Manasses, embora,
oficialmente eles estavam localizados no território de Issacar. Estas rotas são a chave para a história. Nós temos visto, “que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa” (Génesis 49:15).
Salomão fez de Megido a capital de seus distritos fiscais. (I Reis 4:12).
A Bíblia só menciona o ataque a Judá, mas as inscrições do Templo de Karnak, testemunham também sua conquista. Pouco tempo depois, Acab construiu em Megido, estábulos para uns 450 cavalos e carros.
            Isaías fala do “glorioso ornamento, está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho” Isaías 28:1.
            As riquezas que vieram dos comerciantes devem sempre ter sido maiores. Zabulão e Issacar, que ocuparam estas duas planícies, foi dito, que “eles chamarão os povos ao monte, ali, apresentarão ofertas de justiça, porque chuparão a abundância dos mares e os tesouros escondidos na areia” (Deut 33:19), isto em larga medida, foi a causa da queda deles, por isso foi sempre a fraqueza desta região, que estava aberta demais as influências estrangeiras. O comércio trazia com ele não só riquezas, mas a insediosa tentação de prosperidade e ainda mais perigoso, a adoração pagã e a sua influência sobre o povo. Além disso, as mesmas estradas que traziam o comércio, traziam também os exércitos inimigos e o solo deste fértil corredor, pois está ensopado de sangue.
Foi a partir da morte do rei Josias, que os escritores bíblicos, começaram a utilizar a figura de Megido com um significado de juízo, devido as lutas que houveram neste lugar e que originou uma imagem muito assustadora do Armagedom de Apocalipse 16:16.
           


[1]BALY Denis, The Geografy of the Bible, p 152

terça-feira, 22 de março de 2011

Monte Megido - Rota Secundária Norte - Sul


         A Estrada Costeira, foi importante na secção do sul, que coincidiu com a Estrada Nacional ao norte, que se une a estrada que atravessa o Portão Fenício, no entanto, a rota da secção central de Saron, deve ter sido de pouca significância, até o momento em os romanos, construírem o Porto de Cesareia, devido ao desenvolvimento do sector costeiro, requeria o controlo dos pântanos de Saron.
            A rota do sul é interrompida pela Planície de Esdraelon, Este facto contribui para que ocasionasse a separação das águas da Galileia, devido a dificuldade do terreno, a estrada passa através do Portão Merom, que se tornou um local com uma certa importância.
         Na cadeia montanhosa do Carmelo, existe uma estrada pedestre que vai do Monte Carmelo até a Planície de Esdraelon, contudo, tem sempre restado uma área estrangeira, que os palestinianos possuíam.
         Dentro da Palestina, existem cidades que servem de cruzamento, que se situam dentro de um e do outro lado da Planície de Esdrealon, cidades da natureza de Beersheba, Hebrom, Jerusalém, Betel, Siquém, Samaria e as quatro fortalezas de Jokneam, Megido, Taanach e Ibleam, que guardam a passagem que atravessa o Monte Carmelo. 
         As montanhas e vales, certamente mantém suas características através da história, mas a importância delas muda, deste modo a passagem do Megido foi nos tempos antigos uma das maiores rotas do norte para o sul.
Nos últimos tempos, as estradas secundárias do sul, foram adquirindo importância, que não tinham no passado.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Monte Megido como Rota Dominante

                                                                           
         Esta é a grande estrada nacional, que foi seguida pelos exércitos do Egipto, Assíria e Babilónia, nas suas ruas, havia constantes guerras e pode ser correctamente descrita, como uma das primeiras rotas do mundo. Na entrada da Palestina, através do Portão Sírio, passando por Damasco e atravessando a Ponte das Filhas de Jacob, que situava-se em uma barragem de basalto, em uma pequena parte do Lago da Galileia. Esta ponte, oscilava para sudoeste, sendo uma via de passagem para o Megido, situado na Planície Costeira, então através, passando por Lydda, e Gaza até o Portão Costeiro, que leva ao Egipto. Esta estrada, as vezes é chamada “O Caminho do Mar” (Isaías 9:1).
         Existem também rotas secundárias: a rota do Mar Vermelho, que passa por Beersheba (a sul), ao norte tem a rota de Hebrom, Belém, Jerusalém, Betel, Gibea de Saúl, Ramá, Mispá, Siló e Siquém.
A partir de Siquém, a rota fica um pouco confusa, devido a grande complexidade da estrutura e relevo, mas a estrada principal continua para norte, através de Samaria. Existe também, a auto-estrada do rei, que foi utilizada quando os israelitas vieram do Egipto. Estas são as rotas secundárias do interior do país.

domingo, 20 de março de 2011

Monte Megido - Factor Histórico

            A cidade de Megido gozou já de renome em uma remota antiguidade. Como era uma das principais estações de paragem, no caminho que os exércitos egípcios faziam em direcção à Síria. Megido foi desde muito cedo submetido ao domínio egípcio e faziam todas as estratégias possíveis, para manter Megido sob o poder egípcio.
            A razão histórica para esta divisão deve-se parcialmente ao facto, que a ocupação do país, não foi feita de uma só vez, e por conseguinte as zonas do norte e do sul de Israel foram ocupadas em épocas diferentes, normalmente existe a tendência da tribo mais forte comandar a conquista.
            Deve ser lembrado, que os israelitas quando foram para a Palestina, não eram poderosos e eles tinham consciência deste facto (Deut 6:7). Eles sempre consideraram, que havia algo de miraculoso na entrada deles em Israel devido as várias situações, que ocorreram depois disso. Naquela época eles eram semi – nómadas, não utilizavam o camelo e ignoravam o segredo do ferro, colocando deste modo, os israelitas a mercê dos filisteus e cananeus, que já tinham aprendido este segredo. O objectivo dos referidos povos, era enviar os israelitas para as montanhas, lugar inabitado, naqueles dias, tudo que havia nas montanhas era floresta virgem, as suas intenções eram que os israelitas desenvolvessem as áreas inabitadas. Em Josué 17:14 a 18 mostra-nos a impossibilidade que os israelitas tinham de ocupar as planícies. Do ponto de vista normal, não nos surpreende em saber que as tribos que eram mais fortes, ocuparam os melhores locais e as tribos mais fracas tiveram que encontrar segurança nas bases das montanhas, nas zonas de movimento, eles eram forçados a viver entre as cidades fortificadas, as quais eles eram completamente incapazes de subjugar (Juízes 1).
As tribos de Efraim e Manasses situaram-se ao norte. Efraim conseguiu localizar-se perto do Monte Gerizim, enquanto que Manasses tentou expandir-se mais para norte, entrando em conflito com a tribo de Zabulão e com os outros vizinhos que pudessem surgir. Conseguindo controlar a cadeia montanhosa do Carmelo, Tabor e Moreh, que impressionaram os israelitas pela sua baixa elevação (1600 – 2000 metros).           A constante insegurança interna do Reino do Norte, deve-se a pequenas guerras entre tribos.
A riqueza da tribo de Manasses origina-se em três factores:
·         Na zona em que Manasses está inserido, existe um largo número de falhas geológicas, essa situação é propícia para a produção de cereais.
·         Expansão de território, chegando a incluir a imensa planície fértil de Esdraelon e o Vale de Jezreel.
·         Fronteiras que não estavam bem demarcadas. Cedo na história de Manasses, eles tentaram estabelecer aproximações seguras, para demarcar fronteiras, isso poderia ser feito através das planícies. O Vale de Esdrealon e Jezreel está situado na Planície de Saron, isso significa, que a tribo de Manassés estava protegida pelos pântanos de Saron, porém também possuíam uma secção larga de estradas e cruzamentos, que levavam ao Monte Megido, uma vez isso conquistado, a liderança da tribo de Manasses estava assegurada, mas naturalmente, eles não poderiam manter aquele vasto território sozinhos, então, aliaram-se as tribos de Zabulão, Issacar, Naftali e Aser, formando, assim, o Reino das Tribos do Norte, sediando sua capital no distrito de Manasses, com o tempo, esta tribo, viria a tornar-se na tribo mais importante de Israel.
Perto do Monte Carmelo, está o Monte Megido, que é surpreendente, pois deveria ser um obstáculo, no entanto, as suas encostas, estão viradas para a planície e ambos os lados são escarpados, apesar da sua baixa altitude, a sua vegetação é muito densa e pode ser considerada como uma barreira para a locomoção. É um bom exemplo de como um ligeiro obstáculo pode ter tantas vantagens ao redor de si.
         A bacia estrutural da cadeia montanhosa do Carmelo, têm desnivelamentos, uma delas é a bacia de Megido, que devido a sua posição geográfica, têm sido preservadas muitas informações geológicas e suas características originais. Os calços de terra que existem, actualmente, são a de Umm el – Fahm, que é a parte mais alta, na parte central está o calço do Carmelo e na parte inferior, está o calço de Megido, apesar de ser a camada mais inferior, ainda é montanhoso, devido a duas rochas, é esta camada inferior do Megido, que faz o cruzamento vital entre os Vales de Megido e Jokneam.

sábado, 19 de março de 2011

Monte Megido - Factor Geográfico

A cidade do antigo país de Canaã, situada no território de Issacar, mas atribuída a tribo de Manasses. Que foi concedida aos da meia-tribo de Manasses, que estavam na parte ocidental do Jordão (Jos 17:11). Mas o texto sagrado também menciona, que os filhos de Manasses, não puderam ao princípio, sujeitar toda a cidade de Megido e as outras, deste modo, começaram os cananeus a habitarem à sua volta. Logo porém, que os israelitas encontravam-se mais fortes militarmente, submeteram os cananeus e os fizeram tributários Jos 17:12.
Na época dos Juízes, quando Israel era liderado por Débora, esta enviou Barac e seu exército, para travar uma luta no Monte Tabor, contra o rei de Hasor e de Sisara, que localizavam-se, junto a torrente de Quison, não muito longe de Megido e de Taanach. Sob a protecção divina, os israelitas derrotaram os seus inimigos, que foram levados pelas águas de Quison.
Megido, Taanach e Betsán, formavam a quinta de doze circunspecções, estabelecidas por Salomão para cobrar os impostos e apesar disso, foi uma cidade em cuja restauração, foram gastos grandes quantidades de dinheiro (Rs 9:15)
 Seu nome encontra-se nos ieroglífos egípcios de Tell-El-Amarna.
            O país tem placas tectónicas, que correspondem justamente com a divisão entre as duas regiões geológicas da “Simplicidade Relativa” e da “Grande Complexidade” ao norte.

Monte Megido - Território Israelita

Teoricamente o reino de Israel formou-se depois da revolta de Jeroboão que incluía todo o território das tribos do norte, aqueles remanescentes, que estavam no sul e que eram fiéis à casa de David. Dessas tribos do norte, duas delas (Efraim e Manasses) clamaram para que fossem reconhecidos os seus direitos como tribo, pois eram oprimidos e marginalizados pelas outras tribos, mesmo sendo descendentes de José, o ponto importante a destacar é a função das tribos do norte, porque eram estas tribos que controlavam as outras tribos.
            A distribuição da terra entre os israelitas, data da sua primeira entrada no país, no período do Êxodo, durante a última parte do séc. XIII a.C. , no entanto, este movimento dentro do país, não foram tão rápidas e nem a sua unificação como sugerem os textos bíblicos.
Israel, apesar de ocupar o território que lhe estava destinado, nesta altura, ainda estava sob o domínio egípcio, supervisionados pelos palestinianos, durante este período existiam incertezas e problemas, devido a dificuldade de controlo por parte dos  egípcios. Muito possivelmente duas tribos hebreias mudaram-se de lugar para tomar a posse do país. As histórias destas duas tribos estão descritas no livro de Josué, estas tribos, são a tribo de Efraim e Manasses. As duas tribos passaram por duas fases, concernentes a estabilização das tribos, metade do território sul do país estava sob a liderança de Judá, ao norte, Efraim e Manasses não conseguiam obter um espaço para assentarem, a leste de Israel, estavam os moabitas, edomitas e amonitas. Foram tempos de considerável revolução e confusão para a tribo de Efraim e Manasses.
Algum tempo antes dos israelitas chegarem em Israel, o rei amonita e o rei de Basã apropriaram-se de alguns zonas do que viria a ser futuramente Israel, para expandir os seus domínios.
Após a chegada dos israelitas, formaram-se quatro linhas, três das quais são óbvias, enquanto que a quarta linha, recebeu menos atenção do que merecia. As três grandes linhas óbvias são:
·         O Vale do Jordão e Mar Morto
·         O Vale de Esdrealon e Jezreel
·         Linha que marca a junção das planícies costeiras com as montanhosas
A quarta divisão foi criada pelo que podemos chamar de zona de movimento entre Jope e Jericó. Nessas zonas, não existem cadeias montanhosas, como na planície nórdica do Vale de Esdraelon, mas é de fácil comunicação desde o sudoeste de Jope, passando pelo Vale dos artesãos, até uma região, que divide os pântanos de Saron, do país filisteu, e então, indo pelos montes do Vale de Ayalon até Jerusalém, passando por Betel. Tanto o Vale de Betel, como o Vale de Jerusalém, vão dar em Jericó, sendo a única que tem poucos vãos na parte baixa do Jordão, possibilitando a comunicação com a metade oriental do país.
            Israel está dividido por dois factores: factor geográfico e o factor histórico.