terça-feira, 19 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Deuteronómio

“O livro de Deuteronómio expressa a essência e carácter de Deus”[1]

            O Livro de Deuteronómio revela o messianismo de Jesus Cristo através do comportamento que a pessoa que segue a Deus deve ter, pois os mandamentos servem de protecção para ter uma vida melhor.     

O futuro rei deve ser um israelita, não deve multiplicar cavalos, esposas ou riquezas e por sua vez, deve confiar em Deus, seu Grande Rei”[2]

Através da lei deuteronómica e do decálogo, que é relembrado neste livro, podemos ver também, o incentivo que é nos dado para amarmos a Deus com todo nosso coração, pois só a Ele devemos adorar. No Novo Testamento Cristo também exige exclusividade para os que o seguem (Mt 16:24-27), como sabemos Ele pertence a Divindade. A palavra Jesus, do Hebraico Yeshua, que significa salvação, tem as mesmas primeiras três letras que a palavra Yahweh, o nome próprio de Deus, que significa aquele que foi, que é e que será, pois Yeshua deriva da palavra Yehoshua, que significa Adonai salva. Estas palavras em Hebraico são compostas pela mesma raiz de Yahweh.
Moisés neste livro, relembra os israelitas de todas as situações que eles viveram no deserto, foi providenciado por Deus, porque eles eram o povo escolhido de Deus e foi lhe dado as tábuas da lei, para servir de exemplo para as outras nações.
Graças a intercessão de Moisés no Sinai, o povo pôde entrar em Canaã. Moisés foi um tipo de Cristo, porque Jesus também intercede por aqueles que O aceitaram e foram redimidos do pecado.
Em Deuteronómio são mencionadas as cidades-refúgio, que são lugares onde os fugitivos podiam morar, sem que eles pudessem ser alcançados pela justiça nestas cidades. Existia uma lei em que as pessoas, para não serem julgadas poderiam se proteger, se entrassem no santuário central, mas devido a sua distância, foram criadas esse tipo de cidades, pois assim era mais acessível para aquelas pessoas que tinham necessidade de salvar-se.
Podemos ver em simbolismo a protecção da salvação messiânica, através das cidades-refúgio, pois o sacrifício de Jesus nos protege onde estamos, porque n’Ele está contido todos os simbolismos do santuário.
           


           














[1] WALTKE, Bruce K. An Old Testament Theology, Zondervan, Michigan, 2007, p. 479
[2] Ibiden, p. 491

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Números

O livro de Números trata de uma diversidade de temas, uma parte poética, uma parte profética e outra parte legislativa.
            Os escritos de Moisés narram o desenvolvimento da história do Povo de Deus e das consequências derivadas de obedecer à revelação divina.
         Em Números a simbologia do messianismo de Jesus, se encontra em Números 21: 4-9, altura em que o povo se queixava por falta de água, semelhante ao relato do Êxodo, Moisés intercedeu pelo povo, o facto que difere entre o relato de Êxodo e o de Números, consiste em que em Êxodo, Deus estava disposto a conceder-lhe o pedido e em Números Deus iria puní-los com serpentes venenosas, para todo o povo, incluindo os animais.
            Na Bíblia o fogo significa purificação, segundo Baruch A. Levine em seu livro Numbers 21-36 A New Translation with Introduction and Commentary, o veneno das serpentes queimava, conotando assim, um efeito venenoso.
            Deus ordena a Moisés a fazer uma serpente de bronze e colocar em uma haste, segundo os profetas Isaías e Jeremias a haste simboliza Cristo e tem seu cumprimento em João 3:14 e 15. A serpente é feita de bronze, devido a uma crença do Próximo Oriente Antigo, um praticante atraía as serpentes venenosas e induzia-as a que soltassem todo o veneno.
           

domingo, 17 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Levíticos

Este livro se chama Levíticos, porque trata principalmente dos deveres e direitos dos pertencentes à tribo de Levi. Como o resto dos livros do Pentateuco, na Bíblia hebraica os nomes dos livros são denominados pelas primeiras palavras do texto masorético, e trata sobretudo do ritual do culto divino no santuário.
A idéia central deste livro é a santidade de Deus, o que exige um estado ritual e moral de santidade por parte de seus ministros. Podemos distinguir las seguintes secções:
a)      leis sobre os sacrifícios (1-7).
b)      Consagração dos sacerdotes (8-10).
c)      Leis sobre as purificações rituais (11-16)
d)     Leis de santidade (17-26)
e)      Votos e dízimos (27)
O livro está composto de textos quase exclusivamente legislativos Todas estas secções são dirigidas pela idéia da santidade de Yahweh que deve comunicar-se de algum modo ao povo de Israel, particularmente a seus sacerdotes.
A crítica textual nega toda a origem mosaica a esta legislação levítica, e a pressupõe como obra sacerdotal, influenciada pela personalidade de Ezequiel nos tempos babilónicos, argumentos estes que eram falsos. Levíticos aparece como o livro religioso do Templo, simultaneamente ritual e manual de piedade, guia dos fiéis e dos sacerdotes em suas relações com a Divindade, mas a tradição judaica sempre atribuiu a autoria para Moisés.
Toda a legislação levítica tem por base a concepção da santidade de Yahweh que exige santificação àqueles que a Ele se aproximam e no povo israelita em geral. Como colectividade estavam consagrados a Yahweh pois Israel é seu primogénito, e seu reino sacerdotal. E dentro da comunidade israelita, os que pertenciam à classe sacerdotal estão particularmente obrigados a viver em una atmosfera de santidade ritual e moral.
Vemos que a legislação levita esta imbuída de um grande sentido religioso e ético da vida de quem não se desfaz da tradição profética, do conjunto destas considerações sobre a santidade e os sacrifícios levíticos, se desprende o valor religioso do terceiro livro do Pentateuco, muito frequentemente desapreciado pela crítica moderna. Suas instituições e suas prescrições não são simplesmente a expressão de um cerimonialismo e de um formalismo estritos, não ignoram as exigências de uma consciência religiosa por esta razão o mesmo que as grandes exortações do Deuteronómio ou dos oráculos dos profetas, terão elas sua parte na formação da consciência do povo judeu e na protecção da sua vida religiosa, muito em particular da sua fé monoteísta da que constituem de alguma maneira a protecção exterior contra as influências pagãs. Se este papel da legislação levítica tem sido sobretodo, decisiva nos tempos que siguiram ao desterro, não foi menos real nos tempos que precederam a história judaica a Lei chegou a ser uma carga muito pesada, devido a causuística farisaica que lhe sobrecarregou com todos os acrescentos da sua exégeses oral e lhe fez desviar de seu verdadeiro sentido. Este papel, no entanto, não podia ser transitório. Paulo o caracterizou bem quando dizia aos gálatas: “A lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo”[1]. Isso sucedeu por disciplina severa que impôs ao povo judeu com miras a conservar a Lei, à fé no verdadeiro Deus e pela absoluta submissão à vontade divina que reclamava.




ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995,
 Gálatas 3:24

sábado, 16 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Êxodo

No livro de Êxodo encontramos atributos de justiça, misericórdia, veracidade, fidelidade e santidade. Deus se revela como o Senhor da História. Existem neste livro a teologia da liberação e redenção de Israel, que são demonstradas na saída de Egipto.[1] Outro simbolismo é o cordeiro pascual que se apresenta como o início da redenção da nação, tendo seu cumprimento em 1 Coríntios 5:7 e João 1.29.
Deus apresenta a Israel como seu primogénito, como sua nação escolhida. O Faraó se apresentava a si mesmo como o filho de um deus. Desta maneira se observam as grandes diferenças que existem entre ambas concepções de uma mesma realidade.
 Tomemos como exemplo o caso de Esaú, este era o primogénito físico, mas em realidade a primogenitura recaiu em Jacob. Por que, isto ocorreu? Porque em realidade o aspecto principal não era a primogenitura física, mas a primogenitura espiritual, a qual estava no coração de Jacob. O término meu filho, meu primogénito, representam e incluem Aquele que virá e que muitos acreditaram n’Ele.[2]
Em Êxodo também encontramos o conceito de uma nação santa, que tem una missão sagrada de sacerdócio, assim como de soberania, referentes a outras nações do mundo. Como Santo de Israel, estão submetidos a Deus e são seus sacerdotes, mediadores entre Deus e as outras nações.
No livro de Êxodo o messianismo de Jesus se encontra em pano fundo, em pequenos símbolos:
·         Na nuvem que protegia do calor e na coluna de fogo, neste acto vemos a protecção de Deus. Os antigos comandantes do exército as vezes usavam fumaça ou sinais de fogo para conduzir suas forças em marcha através de terras desoladas e sem caminhos. No entanto, a coluna de nuvem e fogo de Israel não foi produzida por meios comuns, porém foi uma manifestação milagrosa da presença de Cristo (1 Cor. 10: 1-4, 9; PP 381), a qual apareceu diante deles quando saíram de Etam e entraram no deserto. Parece que não houve mais que uma "coluna" (Exo. 14: 24), pois ainda quando brilhava na escuridão é ainda chamada "a coluna de nuvem" (Exo. 14: 19) ou simplesmente "a nuvem" (Núm. 9: 21). Durante o dia aparecia como uma nuvem escura, em contraste com a luz do sol, mas de noite como uma luz radiante, (Núm. 9: 15, 16) a coluna apresentava a aparência de uma tocha brilhante que iluminava todo o acampamento, se tornando fácil preparar-se para a caminhada como se fosse dia. Deste modo, podiam reunir-se os rebanhos, podiam carregar os animais de carga e se colocar em ordem de marcha as diversas tribos e famílias, (ver PP 286) Somente esperavam a ordem de partir. Nessa nuvem o próprio Senhor estava presente com seu povo, e da nuvem falava com Moisés. Ali aparecia a glória do Senhor, mais tarde conhecida como a Shekinah (Exo. 16: 10; 40: 34). De uma forma semelhante, o senhor já havia se revelado para Moisés na sarça ardente (cap. 3: 2), e posteriormente apareceu no Sinai no meio de tronos e relâmpagos (cap. 19: 16, 18). O fogo e a nuvem simbolizavam a direcção e protecção divinas.
O facto de que a coluna de fogo permanecesse com Israel através de sua longa viagem, ainda quando os israelitas foram infiéis, é uma segurança para o cristão, de que Deus não o abandonará em sua viagem através da vida. A promessa de Jesus a seus discípulos, consiste nisso: "Eis que eu estou convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mat.28: 20), nunca faltou nada a alguém que está disposto a seguir onde Deus o dirija. Não há nenhum acontecimento na vida em que Deus se retira. Está presente nas noites mais escuras de aflicção e desapontamento, tanto como nos dias mais brilhantes de alegria e êxito. Em verdade, necessitamos dele pela noite, quando estamos conscientes, de nossa necessidade, mas talvez ainda mais durante o dia, quando estamos inclinados a sentir confiança própria. Não podemos ver mais a coluna visível, mas a presença de Dios ainda se pode sentir na experiência do indivíduo, a igreja e as nações. Bendito o homem cujos olhos não estão muito escurecidos que não possa discernir a direcção do Senhor.
·         Ao guiar Israel através do mar, Deus tinha o propósito de fomentar no coração do povo reverência e fé n’Ele, mas a fé no Senhor estava inseparavelmente relacionada com a fé em Moisés como seu representante, e por esta razão havia sido efectuado o milagre através de Moisés, como libertador do povo (NT: Lc 11:14; Rm 8:2; Gl 5:1)
·         Maná (NT: João 6: 48-51; “eu sou o pão da vida”)
·         Jesus deu água ao povo em Refidim, porque foi Ele que estava invisivelmente ao lado de Moisés e que fez com que jorrasse água da rocha (NT: João 4 “eu sou a água da vida”)
         A expressão "este é aquele Aarão y aquele Moisés" (vers. 26) se repete no vers. 27 com uma inversão significativa na ordem dos nomes.  Na genealogia Aarão está primeiro como o filho mais velho, mas aqui, em antecipação da narração histórica que se segue, Moisés tem prioridade sobre seu irmão mais velho, como o salvador divinamente designado de Israel.
No livro de Êxodo depois de ser dado para Israel a lei, foi lhe dado o perdão, a ordem de construir o santuário.
Jesus também está tipificado no Antigo Testamento como o anjo de Jeová que aparece muitas vezes, no cumprimento dos propósitos de Deus com o seu povo no Antigo Testamento, pois o anjo de Jeová era o mensageiro de Deus e Jesus veio à Terra com uma mensagem, mostrar o amor de Deus ao mundo e que é possível aos seres humanos, seguir a Deus.
“ Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Mambre, estando ele assentado à porta da tenda, no calor do dia”[3],

“ Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim, e se não, sabê-lo-ei”[4].

“ E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora. Então lhe disse o anjo do Senhor: torna-te para a tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos”[5]

“ E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: és tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: não, mas venho agora como príncipe do exército do Senhor. Então Josué se prostrou o seu rosto em terra e o adorou… Então disse o príncipe do exército do Senhor a Josué: descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo.”[6]

Estes versículos demonstram, que o Anjo do Senhor faz parte da Divindade.
Todas as situações relacionadas com a Humanidade, estão relacionadas directamente com Cristo, como se fosse o responsável por tomar as decisões. Foi Cristo que apareceu como Mensageiro do pacto para Abraão, Isaac, Jacob, Agar e Moisés. Foi Ele que tirou o povo de Israel do Egipto, Foi Ele que esteve no Monte Sinai.




[1] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995, Êxodo 6: 6 e 15:13
[2]ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995, Mateus 2:15 que intimamente esta relacionado com Oséias 11:1
[3] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995, Géneses 18:1
[4]ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995,  Géneses 18:20 e 21
[5] Génesis 16:7a9
[6] Josué 5:13a15

sábado, 9 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Géneses Parte V

Simbolismos Cristocêntricos dos Personagens Bíblicos

Adão e Noé são associados à imagem de Deus. Para Adão a imagem de Deus está associada a identidade da humanidade e para Noé está associada a protecção da humanidade.
            Ambos recebem a ordem de multiplicar os seus descendentes e andam com Deus.
Adão nomeia os animais e Noé os preserva.
Deus abençoa Israel da mesma forma que abençoou Adão e Noé, eles se multiplicaram e a sua presença no Egipto fez com que o faraó os temesse. Deus guiou-  -os até o Monte Sião.
            Deus abençoou a nação, porque anteriormente tinha abençoado Abraão e seus descendentes.
Jesus é o cumprimento máximo de todos os simbolismos, exercendo na perfeição sua função de segundo Adão, e sendo a verdadeira imagem de Deus e da Sua Igreja, dá poder aos discípulos para perdoar pecados (João 20:23) e para baptizar e ensinar os seus mandamentos (Mt 28:19 e 20)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Géneses Parte IV

O Julgamento Contra o Homem

            Quando Adão come o fruto proibido, ocorre a morte eterna, a morte física é uma sentença adicional.


           
3. Salvação Imputada

         Após a queda da raça humana, Adão percebe que se enganou ao comer do fruto e que a partir de agora, a esperança da humanidade, permanece na Semente prometida, Jesus Cristo. Pela fé ele dá o nome a mulher de Eva, que significa vida.
            Quando Deus vê o casal edénico, vestido com folhas de figueira, Deus providencia túnicas de pele, pois as roupas que eles fizeram não protegiam o suficiente. O simbolismo da pele, tem origem no derramamento de sangue que teve que ser realizado, para obter a roupa idónea, para que eles conseguissem viver fora do Jardim, tem como simbolismo, o sacrifício que Cristo efectuaria em favor da raça caída, simbolizando também a justiça de Cristo, que é a única que nos pode efectivamente proteger do pecado.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Géneses Parte III


O Julgamento Contra a Mulher

“ Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”[1]

            A mulher perde a posição que tinha anteriormente. A mulher deseja dominar o seu marido, mas ele sendo mais forte fisicamente, obtém a supremacia, criando deste modo, um relacionamento de conflito, porém através de Cristo eles amam e servem um ao outro e são uma imagem perfeita de Cristo com a sua noiva, a Igreja.



[1] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995,Génesis 3:16

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Géneses Parte II

O Julgamento Contra a Serpente


A serpente neste capítulo é um instrumento que Satanás utiliza para enganar à Eva, que será esmagada pela semente espiritual da mulher que apesar de ferida, sairá vitoriosa.
            Deus pronunciou uma maldição para a Serpente:

“Eu porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”[1]

A profecia dirigida para a Serpente, implica a sua graça soberana. Com essa profecia Deus mostra o Seu amor, pelo ser humano e mostra o desejo latente de ter intimidade com a raça humana.
Esse versículo pode ser considerado um proto evangelho, pois a profecia inicia em Eva e percorre toda a História da Humanidade, em que diz que o Seu propósito não será derrotado e a raça humana voltará a ser honrada e glorificada, como o era em Seu plano original.
A Semente da mulher são aqueles que são fiéis a Deus, inicia com Abel, Set os patriarcas, etc. Jesus Cristo veio ao mundo através da descendência de pessoas fiéis, assim sendo, a semente da mulher.
A Semente da mulher triunfa, sobre a Semente da serpente. Esta profecia encontra seu cumprimento, unicamente, no segundo Adão, Jesus Cristo.



[1] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995,Génesis 3:15

terça-feira, 5 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Géneses

O Formato da Tentação

A tentação começa a tomar formato, quando começamos a colocar em dúvida a veracidade da Palavra de Deus, e iniciamos um processo de discussão sobre o assunto, se poderá ser razoável, se não existe possibilidade de uma má interpretação do texto. Esse procedimento é adequado, quando temos fé em Deus e nos questionamos com a simplicidade de uma criança, o que devemos fazer em determinada situação. Depois de realizado este passo, Satanás enfatiza a proibição de Deus e faz com que pensemos que Deus é autoritário e que não nos ama. São esses os passos que o Inimigo usou com Eva e continua usando com cada um de nós.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Jesus tem Atributos Únicos de Deus

Segundo o relato de Actos dos Apóstolos 7:59 e 60, Estêvão no seu apedrejamento, tem a noção de que quando morremos o espírito volta a Deus, como ele acreditava que Jesus era divino, ele teve a sua confirmação através da visão, consequentemente à sua crença, entregou o seu espírito para Jesus, como se estivesse dando permissão para Jesus tomar a sua vida.
      A oração de Estêvão, é parecida com a oração que Jesus fez na Cruz, Jesus embora sendo Deus, na Cruz ainda era humano, e tinha que dirigir-se a Deus, porque Deus era e é a nível de hierarquia, superior a Cristo. Estêvão, sabendo e acreditando na divindade de Cristo, sabia que a nível hierárquico Cristo era superior a ele e que Jesus o “guardaria do mal”. Sua fé e compaixão pelo próximo, o levou a interceder pelos outros que o apedrejavam.
      Se Jesus não fosse divino e não pudesse perdoar pecados, toda a nossa crença era vã, pois está baseada nesse facto e tudo o que Ele fez foi em vão. Jesus perdoa os pecados pela Sua própria autoridade:

E Jesus vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho perdoados estão os teus pecados.[1]

         João 1:18 diz “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigénito, que está no seio do Pai, este o revelou”.
            Jesus é adorado e só Deus pode receber adoração, os anjos adoram a Jesus:


E outra vez, quando introduz no mundo o primogénito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem… Mas do Filho diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; ceptro de equidade é o ceptro do teu reino.[2]

“Os anciãos de dias prostraram-se perante Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus e O adoraram e O louvaram”[3]
         As doxologias usadas para Deus: “ seja a glória para todo o sempre”[4], “ Digno é o Cordeiro que foi morto”[5], “ Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás”[6], foram usadas com relação a Jesus.
Pastor - Yaweh, segundo os Salmos 23:1, é o nosso pastor e Jesus se identifica como o pastor por excelência em João 10:11.
Prostados diante - Romanos 14:10 diz que todos nós ficaremos postados diante da cadeira do juiz de Deus, mas II Coríntios 5:10 afirma que teremos de ser manifestados perante a cadeira do juiz, Cristo.
Juiz - Yaweh é o nosso juiz, diz Isaías 33:22, mas Cristo é quem está destinado a julgar os vivos e os mortos, sendo assim o juiz.
Senhor dos senhores - A Bíblia mais uma vez aponta que Yaweh é "Senhor dos Senhores" em Deuteronómio 10:17, e fala a mesma coisa a respeito de Jesus em Apocalipse  17:14, chamando o cordeiro de "Senhor dos Senhores".



Salvação - Deus começa dizendo em Isaías 43:11 que além dEle não há salvador! Não há outro Salvador além de Yaweh, é o que o texto diz. Mas Actos 4:12 fala que "não há outro nome debaixo do céu pelo qual tenhamos de ser salvos" e está dizendo que isto em relação ao nome de Jesus Cristo. Tito, aquele que mais usou o termo salvador para Deus, e que também sempre dizia que o salvador era Jesus, fala que Deus é o nosso salvador. Em Tito 1:3. Tito 3:4 e Tito 2:10 além de outros.Entretanto, em Tito 3:6 e Tito 2:13 ele diz que o nosso salvador é Jesus. Inclusive, em Tito 2:13 ele diz

Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.




[1]ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, Marcos 2:10
[2] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, Hebreus 1:6 e 8
[3] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, Apocalipse 5:8 a 14
[4] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, II Timóteo 4:18
[5] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, Apocalipse 5:12
[6] ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada. São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1995, Mateus 4:10

domingo, 3 de julho de 2011

Alguns Simbolismos de Cristo no Santuário Israelita

No Antigo Testamento, encontramos o santuário israelita como meio para perdoar os pecados das pessoas, em outros temas aprofundarei mais o assunto e mostrarei que Jesus está simbolizado em cada parte deste santuário. É de cultura geral que se deve fazer sacrifícios a Deus, porém o que as pessoas não sabem é que o grande sacrifício já foi feito por Jesus, dando sua vida perfeita e sem pecado em nosso lugar, nós por mérito próprio nunca conseguiríamos a salvação.
O santuário bíblico é composto por três partes: Átrio, Lugar Santo e Lugar Santíssimo. No Átrio está o altar dos holocaustos, onde todos os dias se ofereciam cordeiros sem defeito para pagar o preço do pecado de todas as pessoas. Morrer e verter todo o sangue, é uma demonstração gráfica que a vida inocente do animal e de Jesus, foi entregue, em nosso favor, porque nós cometemos erros que vão contra a lei de Deus.
O altar dos holocaustos nos ensina, que as demandas divinas têm de ser satisfeitas, antes que o ser humano possa desfrutar da Sua companhia. Sua posição como primeiro móvel do átrio, sugere que não existe acesso a Deus, a não ser por meio do sacrifício. Jesus quando esteve na Terra disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim” (João 14:6). A palavra holocausto em Hebraico, significa o que ascende e transmite a ideia de entrega sem reservas, como cheiro suave a Deus.
            O sangue tem como função expiar o pecado, em Hebreus 9:22 está escrito: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão”. O sangue do sacrifício serve para cobrir e limpar o transgressor, simbolizando a Cristo, “quem nos limpa de todo o pecado”.
"Holocausto é oferta queimada de cheiro suave ao Senhor" Levítico 1:9 <=> "Cristo se entregou a si mesmo por nós em oferta e sacrifício a Deus como cheiro suave” Efésios. 5:2
Este será o holocausto contínuo…Ali virei aos filhos de Israel, para que por minha glória sejam santificados” Êxodo 29: 42 e 43 <=> "Somos santificados mediante a oferta do corpo de Jesus" Hebreus 10:10
 No Lugar Santo existiam três móveis: a mesa dos pães, o candelabro e o incensário. Neste tema vou apenas explicar o significado da mesa dos pães.
Vários autores, concordam que as pernas da mesa tinham a forma das patas de um cordeiro, unidas na sua parte superior por um prato de ouro, o qual estava rodeado por um prato de ouro, o qual estava rodeado de uma coroa de ouro. Em realidade, segundo a Bíblia, a mesa teria uma dupla coroa de ouro que a rodeava em toda a sua volta. A simbologia nos autoriza a supor que esta dupla coroa assinala Jesus, como “sacerdote e rei” (Hebreus 7), que “foi coroado de glória e de honra” (Hebreus 2:9). A madeira de acácia simboliza a humanidade de Cristo e o ouro, a Sua divindade. O facto de que a mesa estava no lugar santo, poderia assinalar Cristo glorificado nos céus (Hebreus 10:12 e 13). Na mesa estavam colocados doze pães, representando as doze tribos de Israel. A mesa também está situada no sentido Norte que na Bíblia, tem um símbolismo especial. Segundo a passagem de Isaías 14:13 e 14 a Norte está situado o trono de Deus, ao qual o Diabo tentou usurpar.
"E sobre a mesa porás o pão da proposição, perante a minha face, perpetuamente” Êxodo 25:30 <=>
“Cristo disse: eu sou o pão da vida” João 6:48

De muitas maneiras, a Bíblia ensina-nos um dos atributos de Deus, a santidade, pelo sangue e pela água. No altar dos holocaustos, o sangue proclama a justiça de Deus e no “lavacro” a água proclama a justificação vicária na vida do crente, que indica o passo seguinte, a santificação que se inicia no batismo. Mediante estes símbolos, claramente vemos que Cristo foi feito por Deus “justificação, santificação e redenção” (I Coríntios 1:30)

sábado, 2 de julho de 2011

Jesus e o Trato com a Humanidade

Quando Jesus se revela para a humanidade, revela-se de uma maneira especial, sua natureza e sua glória estão encobertas, mas isto não significa, que não seja Deus quem comunica-se connosco, nós como pecadores não podemos suportar a glória da Sua santidade.