O casal enquanto namorados, deve conhecer modos de
resolver os conflitos antes do casamento, de modo a que depois como cônjuges. Deve
distanciar-se o mais possível dos factores que ocasionam tensão. O divórcio
muitas vezes é a solução do problema em parte, porque as pessoas já não estão
vinculadas perante a lei e podem seguir as suas vidas, por outro lado o
problema não foi resolvido. Um conflito pode acabar em divórcio, porém se a
reconciliação for feita, a separação deixa menos marcas, porque os problemas
foram resolvidos.
En la solución de conflictos, el
error que acostumbramos a cometer es el querer predeterminar una solución
concreta, una solución al margen de las partes que están viviendo y
protagonizando el conflicto, aunque pretendemos hacerlo con toda nuestra mejor
intención. Perseguir unos resultados predeterminados representará actuar
violentamente y, tarde o temprano, acabaremos fracasando. Al intentar que dos
partes en conflicto mejoren sus capacidades comunicativas, por ejemplo,
estaremos implícitamente procurando facilitar que aquellas personas puedan
solucionar sus problemas de relación por ellas mismas y a su plena satisfación.
Nuestra labor se limitará a facilitar o conciliar los puntos de vista
diferentes, para que las personas implicadas puedan asumir sus propias
responsabilidades y sus propias soluciones[1]
As
pessoas se divorciam devido a longos períodos de brigas, desconfianças e de
ofensas mútuas.
É
contraproducente falar dos problemas a uma terceira pessoa, porque provoca
efeitos indesejáveis. As comunicações na maioria dos casos estão relacionadas
com problemas económicos, psicológicos e sociais. A vingança nunca será uma boa
solução, só agravaria mais o problema.
Todas
as pessoas têm necessidades, visando a comodidade, aceitação social, dinheiro,
segurança, relações afectivas. Dependendo da idade, cada uma dessas
necessidades tem um valor mais relevante, se a pessoa for jovem, a necessidade
de ter um trabalho, é maior, que aquelas pessoas que já têm trabalho, essas
pessoas irão dar mais importância a outras necessidades, de carácter
psicológico, afectivo-social.
Os
conflitos surgem devido ao choque das personalidades, a história de cada pessoa
e os problemas psicológicos que foram criados pelas situações da vida, que
foram mal resolvidas à nível psicológico, outras vezes também por não terem a
mesma perspectiva ou então por não compreenderem o raciocínio da outra pessoa e
não verem o objectivo que ela quer alcançar. O seu percurso mental, pode ser
mais longo ou mais curto que o nosso, ou muitas vezes por terem objectivos de
vida diferentes e um deles sofre por isso. A ruptura acontecerá se o casal não
se comunica e não conversa abertamente sobre o que cada um deseja para a sua
vida individual e os sonhos que cada um tem para o seu casamento. As próprias
dificuldades do quotidiano contribuem para o aparecimento de conflitos, se o
casal se relaciona bem, não tendo problemas com o
choque de personalidades ou se os problemas do
passado estão resolvidos, uma boa opção é descansar do dia agitado que teve e
resolver o problema no dia seguinte, pois a pessoa terá outra perspectiva da
situação.
Os
sentimentos negativos como insatisfação, ódio, rancor e vingança são
originadores de conflitos ou ênfase nos defeitos, que por sua vez proporcionam
o ambiente adequado para ter uma má saúde física e psicológica e também para o
fim da relação.
A
solução do conflito é encontrada pela comunicação, porque só eles sabem a
origem do conflito, o mediador tem que ser neutro, permitir o casal resolva o
seu conflito sozinhos, o mediador apenas mostra algumas soluções e fomentando a
empatia. Mostrando as possibilidades que existem e deixando o casal actuar, a
mediação finaliza com a aceitação satisfatória para ambas as partes, segundo a
solução encontrada.
A
mediação é eficaz, quando existem conflitos interpessoais de intensidade média
ou baixa, resolvem-se os maus-entendidos e pequenas ofensas, se o mediador
souber um pouco de Psicologia, poderá ajudar a que recupere a auto-estima, a
entender o sucedido e a melhorar os relacionamentos, sem que para isto seja
necessária a actuação de terceiras pessoas. A mediação quando é de alta
intensidade, tem uma função secundária, porque é preciso que haja um
planeamento global e profundo dos conhecimentos e recursos de conflitologia.
O
conflito se inicia com perdas de confiança, mal-estar, deterioração da saúde,
diminuindo a comunicação, começa a existir a desconfiança, por sua vez existirão
outros aspectos que modificarão negativamente a imagem do outro, a repetição de
pensamentos obcessivos, atitudes de rejeição, expressão explícita de desagrado,
o aumento da suceptibilidade e da angústia, o desenvolvimento do conflito, é
tão gradual e imperceptível em níveis superiores se desenvolvem algumas
ofensas, que aumentam gradualmente, segundo o conflito vai se desenvolvendo.
Primeiramente as ofensas serão verbais, com o tempo se tornam complexas,
podendo ser premeditadas ou planeadas, para este fim, são utilizadas as
capacidades que a pessoa se sente mais confortável em executá-las. No início do
conflito as frases e expressões são criadas para magoar o adversário, o próximo
passo, são ameaças de divórcio ou de denúncia. Se o conflito não se resolve a
próxima etapa são as agressões físicas primeiramente sem grande importância e
posteriormente de maior envergadura.
Chegando a esta fase, é frequente que as pessoas
recorram a um advogado, polícia ou tribunal e as agressões já não são verbais
de modo particular, mas sim, através das instituições designadas para o efeito.
“Los procedimientos judiciales, la denuncia en el entorno social,
el bloqueo de cuentas corrientes, la apropriación de los hijos o del
patrimonio, serán decisiones propias de conflictos matrimoniales”[2]
A resolução
de qualquer conflito, é voltar pelo mesmo caminho, por onde se originou o
conflito, deixando de praticar as acções que levaram a que o conflito se
originasse. Os passos seguintes consistirão em encontrar o modo de reduzir a
tensão e promover a comunicação, que será mediada e de carácter reflexivo.
Se
as consequências do conflito forem desconfiança no cônjuge e baixa auto- -estima, para resolver o problema é
necessário recuperar o que se perdeu.
Para resolver o conflito, é necessário aproveitar e potenciar, os aspectos que
contribuem para a resolução do conflito.
Quando
há um conflito em algum aspecto da vida, é necessário enfrentar o problema,
pois se não o resolvemos por mais grave que seja, é sinal que não lhe damos
importância ou também, porque não queremos criar brigas, tentando evitar o
confronto o problema não desaparecerá, só o fará surgir em outras ocasiões fragmentado
em uma frase ou outra.
Para
resolver o conflito existem três fases a percorrer:
- Redução da Tensão. Para resolver um conflito, a primeira tentativa é dialogar sobre o ocorrido, há ocasiões em que o diálogo não resolve a situação, porque são ocasionadas discussões, então a melhor opção a tomar é distanciar-se da parte em conflito, para ver se mediante o distanciamento e a redução da tensão o problema se resolve e a pessoa vê a situação com uma outra perspectiva. Para reduzir a tensão, nem sempre é preciso o distanciamento físico, também são opções viáveis descansar, distrair-se com actividades absorventes ou ir ao psicólogo, ou ao médico, segundo o caso. Não é conveniente falar ou pensar muito no problema de maneira negativa e problemática. Em alguns casos estar física e mentalmente longe do conflito é recomendado.
- Detecção de Necessidades e Problemas. Quando a tensão foi reduzida, as partes
envolvidas no conflito, se expressam de uma maneira clara e objectiva, os
factos são melhor ordenados na mente da pessoa, sendo mais respeituosa
consigo mesma e com o cônjuge em questão. Em alguns casos, é recomendado
escrever os seus sentimentos ou gravá-los, para posteriormente reflectir
sobre a situação.
- Reconstrução em comum da relação. A reconstrução é estabelecida por projectos
comuns, recuperação de lembranças comuns que sejam positivas. Outra forma
de reconstruir uma relação é fazendo perguntas de forma positiva e lhe
transmitindo segurança.
Escrever em um diário ou escrever uma
história, são maneiras de exteriorizar o que a pessoa está vivendo e resolver o
conflito, porque ao ler o escrito posteriormente, ela entenderá melhor a causa
do sentimento e a razão do que aconteceu em determinada situação.[3]