terça-feira, 19 de julho de 2011

Messianismo no Livro de Deuteronómio

“O livro de Deuteronómio expressa a essência e carácter de Deus”[1]

            O Livro de Deuteronómio revela o messianismo de Jesus Cristo através do comportamento que a pessoa que segue a Deus deve ter, pois os mandamentos servem de protecção para ter uma vida melhor.     

O futuro rei deve ser um israelita, não deve multiplicar cavalos, esposas ou riquezas e por sua vez, deve confiar em Deus, seu Grande Rei”[2]

Através da lei deuteronómica e do decálogo, que é relembrado neste livro, podemos ver também, o incentivo que é nos dado para amarmos a Deus com todo nosso coração, pois só a Ele devemos adorar. No Novo Testamento Cristo também exige exclusividade para os que o seguem (Mt 16:24-27), como sabemos Ele pertence a Divindade. A palavra Jesus, do Hebraico Yeshua, que significa salvação, tem as mesmas primeiras três letras que a palavra Yahweh, o nome próprio de Deus, que significa aquele que foi, que é e que será, pois Yeshua deriva da palavra Yehoshua, que significa Adonai salva. Estas palavras em Hebraico são compostas pela mesma raiz de Yahweh.
Moisés neste livro, relembra os israelitas de todas as situações que eles viveram no deserto, foi providenciado por Deus, porque eles eram o povo escolhido de Deus e foi lhe dado as tábuas da lei, para servir de exemplo para as outras nações.
Graças a intercessão de Moisés no Sinai, o povo pôde entrar em Canaã. Moisés foi um tipo de Cristo, porque Jesus também intercede por aqueles que O aceitaram e foram redimidos do pecado.
Em Deuteronómio são mencionadas as cidades-refúgio, que são lugares onde os fugitivos podiam morar, sem que eles pudessem ser alcançados pela justiça nestas cidades. Existia uma lei em que as pessoas, para não serem julgadas poderiam se proteger, se entrassem no santuário central, mas devido a sua distância, foram criadas esse tipo de cidades, pois assim era mais acessível para aquelas pessoas que tinham necessidade de salvar-se.
Podemos ver em simbolismo a protecção da salvação messiânica, através das cidades-refúgio, pois o sacrifício de Jesus nos protege onde estamos, porque n’Ele está contido todos os simbolismos do santuário.
           


           














[1] WALTKE, Bruce K. An Old Testament Theology, Zondervan, Michigan, 2007, p. 479
[2] Ibiden, p. 491