Este apartado é importante para analisarmos um dos
aspectos, que muitas vezes está oculto, no mais profundo do ser de uma pessoa e
causa ruptura, porque em muitos casos as pessoas se casam sem amor[1]. Uma
das formas de tentar resolver os conflitos passa quase sempre – senão sempre –
pela parte da sexualidade do casal, muitos casais pensam que este aspecto da
vida em comum é uma saída para a reconciliação, a isto chamamos uma sexualidade
equivocada.
A sexualidade equivocada surge, quando
a pessoa se apercebe que a personalidade do seu cônjuge, não lhe completa e não
combina com a sua. O amor como sentimento é inexistente, mas é preponderante a
atracção física. A atracção física existe no início, no processo de conquista,
por meio da atracção e da convivência, surge o amor como sentimento. O sexo
nunca pode ser o meio principal de manutenção de um relacionamento, porque
ocasiona a solidão sexual, onde o cônjuge que sofre, utiliza o
outro como instrumento, para poder ter
alguns momentos de vingança, porém não se sente satisfeito, porque lhe falta o
amor, o respeito, a protecção, o sonho, o que ocasiona ao fim de um determinado
tempo, em um relacionamento extra conjugal. A imoralidade sexual inclui
relações sexuais forçadas dentro do casamento como também relações extra
conjugais.[2]
A sexualidade é sempre um complemento
do amor do casal, nunca a razão principal do relacionamento. Pelo facto do
casal se completar em personalidade, os pontos em comum e o tempo passado
juntos aparece naturalmente, bem como as leis de atracção ficam bem demarcadas.
Corpo e sexualidade intervêm na
comunicação. Presentes, gestos, beijos, abraços, é uma linguagem profundamente
humana, que permite amadurecer a relação pré matrimonial. Os afectos têm de ser
sinceros e responsáveis. Não devemos
precipitar uma relação sexual.
Muchas parejas
tienen la sensación de que han comenzado la casa por el tejado. Sobrecargaron
sus relaciones prematrimoniales y vieron que los cimientos de su relación no
los resistieron, por lo que decidieron abandonar el barco, y empezar de nuevo.
Las relaciones sexuales deben de considerarse como la expresión plena del amor.
Si el amor no ha llegado a plenitud (en todos los aspectos: madurez
psicológica, responsabilidad social…) no deberá expresarse planamente. Corre el
riesgo de ser autentico, precoz y por tanto volverse contra la misma pareja y
hacer difícil su crecimiento amoroso, o posibilitar, a veces, su separación,
cuando se dan cuenta de que no es posible una convivencia estable.[3]
A sexualidade actualmente é considerada bastante complexa. Inclusive em uma
instância puramente corporal se aceitam três funções: reprodutiva, erótica e
comunicativa. Não digamos em outros aspectos mais profundos do ser humano, onde
se faz presente o sexual, colorindo a afectividade, a relação social, a
cultura, a ética, a religião, etc.
A
sexualidade abraça todos os aspectos da pessoa, na unidade do seu corpo e da sua
alma. Concerne particularmente a afectividade, a capacidade de amar e de
reproduzir-se, de modo mais geral a aptidão para estabelecer vínculos com o
cônjuge.
Acreditar que o corpo é algo sujo,
mau, negativo, perigoso como uma prisão carece de rigor científico. A
sexualidade é uma dimensão importante da pessoa e não pode ser negada ou
reprimida.
A
sexualidade é um valor pessoal e, portanto, uma realidade boa. Si a sexualidade
é uma dimensão importante da pessoa, é necessário conhecê-la, aceitá-la,
vivê-la, cultivá-la, desenvolvê-la, integrá-la no conjunto pessoal. “La madurez sexual se alcanza progresivamente como toda capacidad humana
dinámica.”[4]
La sexualidad esta hecha de gestos de ternura. Y la ternura no es siempre
para acabar en los orgasmos como fin único. La ternura se expresa en caricias,
en abrazos, en besos, en compenetración profunda. Sus significados son los del
amor: dar y acoger. En la entrega y en la acogida sentimos la confianza que no
debemos defraudar y la debilidad de cada uno, que desea gozar amando. El
peligro de la sexualidad se manifiesta cuando se la reduce a lo puramente
genital; puede ser una fuente de manipulación, dominio, sumisión y soledad. A
veces se vive como humillación cuando no se tiene en cuenta a la persona, sino
que se la utiliza como mero objeto de deseo o placer.[5]
A sexualidade faz parte do ser humano e por
conseguinte da criação divina. O ser humano é composto pelos aspectos físicos e
corporais, que se manifesta em todos os aspectos da sua existência, bem como
espirituais e psicológicos. Estes aspectos compõem a imagem de Deus no ser
humano. Quando a Bíblia menciona o facto do casal tornar-se uma só carne, este
significado abrange não somente o acto sexual, mas também a unicidade do casal,
que envolve o aspecto físico, sensual, social, intelectual, emocional,
espiritual e dimensões de vida.[6] Significa ter uma inabalável fé entre dois
seres humanos.
Ser
exclusivo de alguém, implica romper a nível psicológico da dependência paterna
e iniciar uma nova fase com novas tradições e costumes. A exclusividade no
casamento está originada na natureza monoteísta de Deus.
A
intimidade na sexualidade, é mais que o acto físico, é a união e transmissão de
objectivos, de segurança psicológica, uma troca de lealdade.
[1] BORGOÑO, Manuel et al. Sexualidad y Moral Cristiana,
Barcelona: Herder, 1972, p. 176
[3] PÉREZ, Rufo González. Nos
Casamos en la Fe Cristiana, Salamanca: Sígueme, 2000, p. 32
[4] Ibid. p. 34
[5] PÉREZ, Rufo González. Op. Cit, p.
38
[6] DAVIDSON, Richard M. Flame of Yahweh Sexuality in the Old
Testament, Peabody , MA : Hendrickson Publishers, 2007, p. 37
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