sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

3.3 Sexualidade Equivocada

Este apartado é importante para analisarmos um dos aspectos, que muitas vezes está oculto, no mais profundo do ser de uma pessoa e causa ruptura, porque em muitos casos as pessoas se casam sem amor[1]. Uma das formas de tentar resolver os conflitos passa quase sempre – senão sempre – pela parte da sexualidade do casal, muitos casais pensam que este aspecto da vida em comum é uma saída para a reconciliação, a isto chamamos uma sexualidade equivocada.
A sexualidade equivocada surge, quando a pessoa se apercebe que a personalidade do seu cônjuge, não lhe completa e não combina com a sua. O amor como sentimento é inexistente, mas é preponderante a atracção física. A atracção física existe no início, no processo de conquista, por meio da atracção e da convivência, surge o amor como sentimento. O sexo nunca pode ser o meio principal de manutenção de um relacionamento, porque ocasiona a solidão sexual, onde o cônjuge que sofre, utiliza o

outro como instrumento, para poder ter alguns momentos de vingança, porém não se sente satisfeito, porque lhe falta o amor, o respeito, a protecção, o sonho, o que ocasiona ao fim de um determinado tempo, em um relacionamento extra conjugal. A imoralidade sexual inclui relações sexuais forçadas dentro do casamento como também relações extra conjugais.[2]
A sexualidade é sempre um complemento do amor do casal, nunca a razão principal do relacionamento. Pelo facto do casal se completar em personalidade, os pontos em comum e o tempo passado juntos aparece naturalmente, bem como as leis de atracção ficam bem demarcadas.
Corpo e sexualidade intervêm na comunicação. Presentes, gestos, beijos, abraços, é uma linguagem profundamente humana, que permite amadurecer a relação pré matrimonial. Os afectos têm de ser sinceros e responsáveis. Não devemos  precipitar uma relação sexual.

Muchas parejas tienen la sensación de que han comenzado la casa por el tejado. Sobrecargaron sus relaciones prematrimoniales y vieron que los cimientos de su relación no los resistieron, por lo que decidieron abandonar el barco, y empezar de nuevo. Las relaciones sexuales deben de considerarse como la expresión plena del amor. Si el amor no ha llegado a plenitud (en todos los aspectos: madurez psicológica, responsabilidad social…) no deberá expresarse planamente. Corre el riesgo de ser autentico, precoz y por tanto volverse contra la misma pareja y hacer difícil su crecimiento amoroso, o posibilitar, a veces, su separación, cuando se dan cuenta de que no es posible una convivencia estable.[3]

            A sexualidade actualmente é considerada bastante complexa. Inclusive em uma instância puramente corporal se aceitam três funções: reprodutiva, erótica e comunicativa. Não digamos em outros aspectos mais profundos do ser humano, onde se faz presente o sexual, colorindo a afectividade, a relação social, a cultura, a ética, a religião, etc.
            A sexualidade abraça todos os aspectos da pessoa, na unidade do seu corpo e da sua alma. Concerne particularmente a afectividade, a capacidade de amar e de reproduzir-se, de modo mais geral a aptidão para estabelecer vínculos com o cônjuge.
             Acreditar que o corpo é algo sujo, mau, negativo, perigoso como uma prisão carece de rigor científico. A sexualidade é uma dimensão importante da pessoa e não pode ser negada ou reprimida.
            A sexualidade é um valor pessoal e, portanto, uma realidade boa. Si a sexualidade é uma dimensão importante da pessoa, é necessário conhecê-la, aceitá-la, vivê-la, cultivá-la, desenvolvê-la, integrá-la no conjunto pessoal. La madurez sexual se alcanza progresivamente como toda capacidad humana dinámica.[4]
La sexualidad esta hecha de gestos de ternura. Y la ternura no es siempre para acabar en los orgasmos como fin único. La ternura se expresa en caricias, en abrazos, en besos, en compenetración profunda. Sus significados son los del amor: dar y acoger. En la entrega y en la acogida sentimos la confianza que no debemos defraudar y la debilidad de cada uno, que desea gozar amando. El peligro de la sexualidad se manifiesta cuando se la reduce a lo puramente genital; puede ser una fuente de manipulación, dominio, sumisión y soledad. A veces se vive como humillación cuando no se tiene en cuenta a la persona, sino que se la utiliza como mero objeto de deseo o placer.[5]
         A sexualidade faz parte do ser humano e por conseguinte da criação divina. O ser humano é composto pelos aspectos físicos e corporais, que se manifesta em todos os aspectos da sua existência, bem como espirituais e psicológicos. Estes aspectos compõem a imagem de Deus no ser humano. Quando a Bíblia menciona o facto do casal tornar-se uma só carne, este significado abrange não somente o acto sexual, mas também a unicidade do casal, que envolve o aspecto físico, sensual, social, intelectual, emocional, espiritual e dimensões de vida.[6]  Significa ter uma inabalável fé entre dois seres humanos.
            Ser exclusivo de alguém, implica romper a nível psicológico da dependência paterna e iniciar uma nova fase com novas tradições e costumes. A exclusividade no casamento está originada na natureza monoteísta de Deus.
            A intimidade na sexualidade, é mais que o acto físico, é a união e transmissão de objectivos, de segurança psicológica, uma troca de lealdade.








[1] BORGOÑO, Manuel et al. Sexualidad y Moral Cristiana, Barcelona: Herder, 1972, p. 176
[2] ELDREDGE, Robert Sir. Op. Cit, p. 61
[3] PÉREZ, Rufo González. Nos Casamos en la Fe Cristiana, Salamanca: Sígueme, 2000, p. 32
[4] Ibid. p. 34
[5] PÉREZ, Rufo González. Op. Cit, p. 38
[6] DAVIDSON, Richard M. Flame of Yahweh Sexuality in the Old Testament, Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 2007, p. 37

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