sexta-feira, 13 de março de 2015

Conceito e Critérios de “Canonicidade”

Leiman referindo-se a Bíblia, distingue os conceitos do livro canónico, ou autorizado pela sua utilização no ensino, na prática religiosa, e de livro “inspirado”, que se supunha composto por inspiração divina.


Por definição um livro canónico, não necessitava ser um livro inspirado; um livro inspirado devia ser considerado como canónico, e um livro podia ser canónico e inspirado ao mesmo tempo, mas nem todos os livros canónicos eram considerados inspirados.[1]


No século II aC surgiu o conceito de livro canónico que não era inspirado. Para os autores bíblicos era desconhecido o conceito de canonicidade, eles conheciam o conceito de literatura inspirada devido aos profetas que escreviam seus livros.
Para o judaísmo os livros canónicos têm autoridade para guiar o povo na prática e ensino religioso, ao longo de todas as gerações. Embora não tenham o mesmo grau de importância a Mishná e o Talmud, também servem de orientação para o povo judeu.






[1] LEIMAN, S.Z., The Canonization of Hebrew Scripture: The Talmudic and Midrashic Evidence, Hamden, Connectcut, 1976, p. 117

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