Leiman referindo-se a Bíblia, distingue os conceitos do livro canónico, ou
autorizado pela sua utilização no ensino, na prática religiosa, e de livro
“inspirado”, que se supunha composto por inspiração divina.
“Por definição um livro canónico, não
necessitava ser um livro inspirado; um livro inspirado devia ser considerado
como canónico, e um livro podia ser canónico e inspirado ao mesmo tempo, mas
nem todos os livros canónicos eram considerados inspirados.”[1]
No século II aC surgiu o conceito de livro canónico que não era inspirado.
Para os autores bíblicos era desconhecido o conceito de canonicidade, eles
conheciam o conceito de literatura inspirada devido aos profetas que escreviam
seus livros.
Para o judaísmo os livros canónicos têm autoridade para guiar o povo na
prática e ensino religioso, ao longo de todas as gerações. Embora não tenham o
mesmo grau de importância a Mishná e o Talmud, também servem de orientação para
o povo judeu.
[1] LEIMAN, S.Z., The Canonization of Hebrew Scripture: The Talmudic and Midrashic
Evidence, Hamden ,
Connectcut, 1976, p. 117
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