Segundo Flávio
Josefo no ano 18, Herodes decidiu ampliar a esplanada e construir um templo
segundo o estilo cesáreo.
As áreas destinadas à construção,
não estavam afectadas pelas leis de pureza. Era necessário assinalar com precisão
os limites entre o espaço sagrado primitivo e as zonas acrescentadas por
Herodes.
As Escrituras permitem-nos conhecer
a posição de algumas correntes judaicas em relação ao cânon bíblico, através de
diversas fontes. Os escritos do Mar Morto prova-nos a extensão do cânon entre
os essenios, as obras de Filon mostra-nos a profundidade de conhecimento acerca
das Escrituras, que as pessoas das zonas gregas tinham.
Os escritos do Novo Testamento
permitem-nos saber qual era o cânon veterotestamentário dos primeiros cristãos
de origem judia. Fontes históricas transmitem-nos informações sobre os livros
inspirados, que pertenciam ao cânon judeu.
Em inícios do século I dC os rabinos
da Palestina, revisaram o texto grego de alguns livros bíblicos, pois o texto
grego continha muitas diferenças com relação ao texto hebraico. Os livros que
foram revisados foram os livros de Josué e Reis, que pertencem a secção dos
Profetas anteriores, o livro de Isaías e Ezequiel, que pertenciam aos Profetas
posteriores, o livro de Juízes, os livros de Samuel, as partes acrescentadas no
livro de Jeremias, Salmos e os livros dos Profetas Menores, cujo texto foi
justamente encontrado na cova de Nahal Hever, próximo do Mar Morto.
Existem alguns livros, nomeadamente
o de Ester, Tobias e Eclesiástico, que não foram alvo de revisão. A versão
grega de Ester contém muitas diferenças do original hebraico. Os livros de
Tobias e Eclesiástico, foram somente inseridos no cânon grego e de igual forma,
não despertou o interesse dos rabinos em revisar estes livros.
Os rabinos responsáveis por reverem
os livros, tinham como referência o cânon de livros sagrados coincidentes com o
posterior cânon rabínico, neste cânon, não estão inseridos o livro de Ester e
Eclesiastes. O livro de Ester já era conhecido pelos judeus helénicos, o livro
de Eclesiastes foi traduzido tempos mais tarde, após o rabinismo ser favorável
a sua canonização. O cânon de 22 livros, que não inclui o livro de Qohelet e
Ester, constituem seguramente a forma mais antiga e original do cânon bíblico.
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