Em finais do
século I dC o carácter canónico dos livros bíblicos já estava definido, segundo
fontes judaicas e cristãs, os únicos livros cujo carácter canónico é
desconhecido, são os livros de Rute, Cantares de Salomão e Ester.
O carácter sagrado do livro Cantares
de Salomão, foi colocado em causa, devido a sua utilização em festas profanas,
e não contra a sua canonicidade.
A autorização de canonicidade do
livro de Ester foi adquirida, mediante o facto do autor ter conhecimentos
proféticos, embora não fosse um profeta. Os fariseus decidiram não admitir como
canónicos os livros que fossem escritos em uma época posterior a época de
Simão, o Justo. Apesar de ser um livro de difícil aceitação canónica, era
considerado por algumas escolas rabínicas como tendo autoridade, devido ao
aparecimento de exemplares do texto em Hebraico deste livro em Qúmram e em Masada. No Talmud
da Babilónia, citam o livro de Ester, reconhecendo o seu carácter canónico.
Os livros apócrifos foram excluídos
do cânon no sínodo de Yabneh. Pode-se afirmar também que o cânon bíblico, foi
determinado em Yabneh, por uma decisão formal e oficial das autoridades
judaicas.
Em Yabneh, fizeram a primeira
tentativa por declarar canónicos os livros de Cantares de Salomão e
Eclesiastes. O cânon estabeleceu-se em função das necessidades práticas dos
serviços religiosos. Com o passar do tempo, o livro canónico foi sendo mais
utilizado nas sinagogas, com a mesma autoridade que era usado no Templo.
No ano 150 dC, para que os escritos
do Novo Testamento não fossem reconhecidos como sagrados, os rabinos proibiram
o jejum no Domingo, a leitura diária do Decálogo, que precedia a leitura do
Shema e acrescentaram na oração realizada na sinagoga, a maldição contra os
Minîm, que diz: “ Que não existia esperança alguma para os apóstatas… que os
Nazarenos e os heréticos desapareçam rapidamente.”
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