sábado, 21 de março de 2015

O Fechamento do Cânon no Judaísmo sem Templo

Em finais do século I dC o carácter canónico dos livros bíblicos já estava definido, segundo fontes judaicas e cristãs, os únicos livros cujo carácter canónico é desconhecido, são os livros de Rute, Cantares de Salomão e Ester.
            O carácter sagrado do livro Cantares de Salomão, foi colocado em causa, devido a sua utilização em festas profanas, e não contra a sua canonicidade.
            A autorização de canonicidade do livro de Ester foi adquirida, mediante o facto do autor ter conhecimentos proféticos, embora não fosse um profeta. Os fariseus decidiram não admitir como canónicos os livros que fossem escritos em uma época posterior a época de Simão, o Justo. Apesar de ser um livro de difícil aceitação canónica, era considerado por algumas escolas rabínicas como tendo autoridade, devido ao aparecimento de exemplares do texto em Hebraico deste livro em Qúmram e em Masada. No Talmud da Babilónia, citam o livro de Ester, reconhecendo o seu carácter canónico.
            Os livros apócrifos foram excluídos do cânon no sínodo de Yabneh. Pode-se afirmar também que o cânon bíblico, foi determinado em Yabneh, por uma decisão formal e oficial das autoridades judaicas.
            Em Yabneh, fizeram a primeira tentativa por declarar canónicos os livros de Cantares de Salomão e Eclesiastes. O cânon estabeleceu-se em função das necessidades práticas dos serviços religiosos. Com o passar do tempo, o livro canónico foi sendo mais utilizado nas sinagogas, com a mesma autoridade que era usado no Templo.
            No ano 150 dC, para que os escritos do Novo Testamento não fossem reconhecidos como sagrados, os rabinos proibiram o jejum no Domingo, a leitura diária do Decálogo, que precedia a leitura do Shema e acrescentaram na oração realizada na sinagoga, a maldição contra os Minîm, que diz: “ Que não existia esperança alguma para os apóstatas… que os Nazarenos e os heréticos desapareçam rapidamente.”







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