O divórcio é
condenado à luz das várias sociedades cristãs, o que leva as pessoas a pensarem
que Deus terá a mesma atitude perante uma pessoa divorciada, ou seja, a atitude
que estas sociedades assumem materializa a ideia de Deus, o que não está
correcto.
A pessoa divorciada perante a sociedade cristã da religião a que
pertence, dependendo do modo como interpreta a Bíblia, será deste modo como ela
pensará que Deus a vê. Se as pessoas que estão inseridas nesta sociedade têm
uma concepção das Escrituras incompleta, à respeito do significado e das
interpretações bíblicas poderá prejudicar a pessoa divorciada na convivência dentro
deste grupo. É importante que os pastores, estudem cada caso com cuidado,
analisando cada versículo bíblico com atenção, para poder dar uma resposta
adequada à situação em causa e não se deve resolver um caso, sem estudá-lo e
dando uma resposta convencional para todos os casos de divórcio, para que a
pessoa divorciada, fique tranquila e saiba se é permitido ou não voltar a
casar.
A pessoa que se divorcia continua sendo amada por Deus, porque Deus
perdoa todos os nossos erros, dependendo da denominação religiosa, a pessoa se
casa novamente sem problema algum ou então, a pessoa terá que levar em conta os
seus actos passados e estudar em detalhe a situação que originou o divórcio,
estando bem estudada a sua situação, a pessoa se encontrará mais calma e sem
inquietudes para continuar vivendo a sua vida, sentindo alegria e felicidade,
pois as suas dúvidas estarão resolvidas e a pessoa poderá fazer o que pensa ser
melhor para a sua vida.
Deus ama os cônjuges que
estão divorciados, não é pecado estar
divorciado, como também não é pecado considerar o divórcio uma opção. Deus o
permitiu apesar de ser somente utilizado em último recurso. As pessoas que se
auto-condenam, sentem culpa por terem pedido o divórcio, porque pensam que Deus
as odeia, as pessoas continuam sendo criaturas de Deus, amadas por ele,[1]
porque o sangue de Jesus cobre e perdoa os pecados se houve um arrependimento
sincero, o tornando uma pessoa intachável e sem mancha. Se a pessoa continua
nos caminhos de Deus, Ele vê a pessoa que está vivendo esta situação como
estando justificada em Cristo, não sentindo culpa de consciência.[2] “Hay siempre esperanza en Dios, Él es capaz de libertarte de emociones
negativas de desespero y sin esperanza. La sanación de la depresión es la
esperanza en un Dios de amor y fe en su capacidad de cambiar tu vida.”[3]
Deus que tem todo o poder, é a fonte de todas as coisas boas. Somente
quando a depressão pós-divórcio é quebrada, a pessoa está preparada para entrar
na próxima fase. Esta depressão é quebrada, quando existe esperança na bondade
de Deus e fé.
Deus se alegra grandemente quando uma pessoa retorna a Ele, não
importando os actos passados. Quando existe um verdadeiro arrependimento, Deus
perdoará a pessoa e ela se sentirá bem na presença de Deus.
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos
desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos
por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu
muito amor com que nos amou,
estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos
vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos
ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes
em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua
bondade para connosco em Cristo Jesus.[4]
O ser humano não merece a graça de
Deus, não é algo que seja conquistado, porém é algo imerecido que nos é dado,
através de Jesus, Ele nos salva da condenação eterna, nos dando vida eterna e
bênçãos enquanto vivemos nesta Terra.
Deus deseja restaurar a vida de cada
pessoa, este facto se realiza, através das promessas que Deus traz a cada pessoa,
através da fé e da paciência. “Fé é a crença inalterável que Deus
dará o que Ele prometeu, e paciência é a tranquila resistência até Ele fazê-lo”[5]
A fé surge quando a promessa é
proferida e a paciência é o fruto da espera do cumprimento da promessa. Quando
colocamos Deus em primeiro lugar, amaremos a Deus acima de tudo, viveremos de uma
maneira correcta, amará o seu próximo, ajudará as pessoas e se tornará mais
semelhante a Jesus. A misericórdia de Deus provê ao ser humano o escape. Porque pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus.[6] A pessoa tem que se
entregar completamente para Deus e permitir que o Espírito Santo guie a sua
vida, pois é através d’Ele e da fé e comunhão com Jesus que somos salvos.
Na civilização romana o divórcio podia ser proposto por ambas as partes,
enquanto que na civilização judaica, apenas o homem podia propor o divórcio,
excepto em casos extremos que o tribunal, aceitava a proposta de divórcio que a
esposa propunha. [7]
Segundo David Brewer, a pessoa perante Deus, pode casar novamente quando
o divórcio foi causado por imoralidade sexual, quando a imoralidade sexual
ocorre depois do divórcio, quando um dos cônjuges, já tenha casado novamente ou
quando não há esperança de reconciliação.[8]
O grande obstáculo para a pessoa divorciada, além da pressão social da
denominação a que pertence, é a grande dúvida se Deus aceita que se case
novamente e se obterá a salvação devido a este facto.
Na Bíblia o divórcio é permitido e é mencionado, tanto no Antigo
Testamento como no Novo Testamento. No Antigo Testamento, existem várias
referências ao repúdio tanto figurado em relação do povo de Israel em relação a
Deus como à nível conjugal. Ambos estão alicerçados no princípio israelita de
que se o povo ou a mulher que foi repudiada, se não tiver casado com outro
homem ou não adorar a outros deuses declaradamente, pode voltar a adorar ao
verdadeiro Deus como também ao marido que a repudiou. O repúdio é o início do
divórcio, porque é quando o marido cansado de ter os votos matrimoniais
quebrados, repudia a sua esposa, a tirando de casa e lhe dando uma carta de
divórcio.
A comunicação entre o casal exige um certo ritual, ela tem cinco níveis
que lhes permite comunicar, estabelecendo certas normas, para que o casal possa
se conhecer melhor. Há no entanto, a possibilidade do casal não atingir o
quinto nível, criando deste modo, uma relação pouco saudável e com alguns
problemas que se não forem detectados à tempo, levam a ruptura do
relacionamento. A comunicação ideal seria qualquer um dos cônjuges não ter
receios em expressar tudo o que pensa, sem medo do julgamento ou preconceito do
outro cônjuge.
Os
conflitos surgem devido ao choque de personalidade, que deixam sequelas no
casal, que podem levar à sua ruptura.
Existem
vários tipos de conflitos: “os tocados”, “os afundados” e “os reforçados”. O
conflito tem como função advertir que alguma coisa no relacionamento não está
bem.
A resolução
dos conflitos pode ter lugar no seio do casal e poderá começar ainda na fase do
namoro, tendo como objectivo criar alicerces sólidos para ter um casamento
feliz e duradouro.
Deus
permite o divórcio, porém o modo como este é visto depende da posição que a
pessoa divorciada tem da sua situação, embora esta seja influenciada pela
comunidade que está inserida. Contudo, perante Deus, o facto de se ter
divorciado, não muda o amor que Deus sente por ela. Deus é perdão, ele perdoa
os nossos erros. Embora esta seja uma dúvida permanente para a pessoa
divorciada.
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