A ética da
convivência, ajuda a garantir o menor estrago possível na educação dos filhos e
no facto de exercer a paternidade, os filhos se sentirão mais confiantes e as
pessoas divorciadas não precisam estar juntas, porque todos sabem, mesmo os
filhos, que o casal está divorciado. A convivência entre o ex-casal, ajuda a
combinar e conversar sobre a disciplina e a educação a aplicar nas crianças,
como também algum problema em particular. É necessário distinguir a pessoa que
você amou e por este facto se casou com ela e teve filhos, da pessoa que se
tornou o seu ex-cônjuge.
O papel de pai tem que ter regras e limites, como o papel
de mãe, se isto não acontece, o pai vai perdendo a autoridade conforme os
filhos vão crescendo.
A convivência ética existe para preservar o bem-estar dos filhos.
Quando a
ex-esposa encontra outra pessoa, este também tem que entrar dentro da
convivência ética, ele em princípio não está concorrendo com o ex-marido,
porque as crianças continuam sendo do relacionamento anterior. A única coisa
que lhe pertence é a mãe dos seus filhos, da qual o pai das crianças está
divorciado e vice-versa. Se é incomodativo para um dos ex-cônjuges ou para
ambos, que os actuais companheiros estejam presentes em festas de escola, ou
eventos importantes para criança, ressalvando o aniversário, ou até mesmo este,
é importante respeitar o sentimento do ex-cônjuge, para que os filhos tenham
mais oportunidades de no meio de uma família separada, ter experiências
positivas e terem os pais presentes em momentos especiais para a sua vida. Os
filhos têm que ter a certeza que o pai os ama, para que se o ex-marido tiver um
outro relacionamento, não haver dúvidas que o pai lhe ama, porque a ex-esposa
poderá se sentir magoada e começar a dizer coisas que coloquem dúvidas nos
filhos.
Normalmente
quando um relacionamento se rompe, a pessoa procura na próxima companheira as
características positivas que a anterior cônjuge não tinha. Em um novo
relacionamento não pode haver comparações, as pessoas são diferentes, não se
pode transformar a actual companheira com os mesmos modos e hábitos que a
anterior, este é o primeiro passo para o término da relação, porque o homem tem
uma noção do que era antigamente e a pessoa tem a tendência de tentar encontrar
a sua zona de conforto, porque já conhece.
A nova
companheira não tem responsabilidades com a sua vida anterior, nem com os seus
filhos. O tempo passa, o compromisso se aprofunda e quando se apercebem estão
tendo uma vida conjugal normal, sem pressões e estão dividindo as
responsabilidades da vida que levam e da vida anterior do cônjuge.[1]
Para formar
uma nova família, a pessoa tem que se ter recuperado da perda emocional do seu
primeiro cônjuge, porque normalmente o desconsolo reaparece. É importante
voltar a confiar em si mesmo e na capacidade de manter uma relação.
Se a pessoa
tem filhos, os filhos poderão ter dúvidas a quem ser leais, pois esta fica
dividida, porque não querem serem rejeitados pela madrasta ou padrasto, sentem
novamente o sentimento de perda, porque se formou uma segunda família e
normalmente os filhos ficam contra o seu progenitor biológico. Os filhos não se
sentem parte desta nova família e tentam como podem adaptar-se a esta situação,
porque querem unir novamente seus pais biológicos.
O papel da
pessoa que se casou com a pessoa divorciada, vai se delineando aos poucos,
delicadamente e as vezes pode ser necessário usar alguma firmeza.
Após o
divórcio, se o casal tiver filhos, a comunicação entre eles é inevitável, pois
ambos devem participar na sua educação. Convém, portanto, não levar as
discussões para o motivo que os conduziu ao divórcio, mas sim apenas, conversar
sobre a questão dos filhos.
Independentemente
de qual progenitor ficou com a guarda das crianças, é imprescindível que o
outro progenitor participe na educação dos filhos, pois estes vivem situações
delicadas que poderão afectar a sua vivência e a congregação deve acolher estas
pessoas, não as rejeitando ou discriminando.
O pastor
deve agir de forma sensata, rápida e eficaz.
O divórcio
acarreta sempre situações de tristeza e depressão quer para o homem, quer para
a mulher. Ambos sofrem o que a Psicologia denomina luto branco e que se refere
a perda do cônjuge, a solidão, a culpa que poderão sentir, sensação de
fracasso. Convém que arranjem alternativas para mudar a sua rotina e evitarem
sentir esse estado depressivo.
Os
ex-cônjuges devem encontrar soluções para que a sua comunicação não seja
conflituosa e para que não exclua os filhos em comum e os possíveis
companheiros actuais, de forma a criar uma relação harmoniosa que não
prejudique as pessoas implicadas neste processo.
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