quarta-feira, 23 de março de 2016

A Ética da Convivência entre o Casal Divorciado

A ética da convivência, ajuda a garantir o menor estrago possível na educação dos filhos e no facto de exercer a paternidade, os filhos se sentirão mais confiantes e as pessoas divorciadas não precisam estar juntas, porque todos sabem, mesmo os filhos, que o casal está divorciado. A convivência entre o ex-casal, ajuda a combinar e conversar sobre a disciplina e a educação a aplicar nas crianças, como também algum problema em particular. É necessário distinguir a pessoa que você amou e por este facto se casou com ela e teve filhos, da pessoa que se tornou o seu ex-cônjuge.
            O papel de pai tem que ter regras e limites, como o papel de mãe, se isto não acontece, o pai vai perdendo a autoridade conforme os filhos vão crescendo.
A convivência ética existe para preservar o bem-estar dos filhos.            
Quando a ex-esposa encontra outra pessoa, este também tem que entrar dentro da convivência ética, ele em princípio não está concorrendo com o ex-marido, porque as crianças continuam sendo do relacionamento anterior. A única coisa que lhe pertence é a mãe dos seus filhos, da qual o pai das crianças está divorciado e vice-versa. Se é incomodativo para um dos ex-cônjuges ou para ambos, que os actuais companheiros estejam presentes em festas de escola, ou eventos importantes para criança, ressalvando o aniversário, ou até mesmo este, é importante respeitar o sentimento do ex-cônjuge, para que os filhos tenham mais oportunidades de no meio de uma família separada, ter experiências positivas e terem os pais presentes em momentos especiais para a sua vida. Os filhos têm que ter a certeza que o pai os ama, para que se o ex-marido tiver um outro relacionamento, não haver dúvidas que o pai lhe ama, porque a ex-esposa poderá se sentir magoada e começar a dizer coisas que coloquem dúvidas nos filhos.



Normalmente quando um relacionamento se rompe, a pessoa procura na próxima companheira as características positivas que a anterior cônjuge não tinha. Em um novo relacionamento não pode haver comparações, as pessoas são diferentes, não se pode transformar a actual companheira com os mesmos modos e hábitos que a anterior, este é o primeiro passo para o término da relação, porque o homem tem uma noção do que era antigamente e a pessoa tem a tendência de tentar encontrar a sua zona de conforto, porque já conhece.
A nova companheira não tem responsabilidades com a sua vida anterior, nem com os seus filhos. O tempo passa, o compromisso se aprofunda e quando se apercebem estão tendo uma vida conjugal normal, sem pressões e estão dividindo as responsabilidades da vida que levam e da vida anterior do cônjuge.[1]
Para formar uma nova família, a pessoa tem que se ter recuperado da perda emocional do seu primeiro cônjuge, porque normalmente o desconsolo reaparece. É importante voltar a confiar em si mesmo e na capacidade de manter uma relação.
Se a pessoa tem filhos, os filhos poderão ter dúvidas a quem ser leais, pois esta fica dividida, porque não querem serem rejeitados pela madrasta ou padrasto, sentem novamente o sentimento de perda, porque se formou uma segunda família e normalmente os filhos ficam contra o seu progenitor biológico. Os filhos não se sentem parte desta nova família e tentam como podem adaptar-se a esta situação, porque querem unir novamente seus pais biológicos.
O papel da pessoa que se casou com a pessoa divorciada, vai se delineando aos poucos, delicadamente e as vezes pode ser necessário usar alguma firmeza.
Após o divórcio, se o casal tiver filhos, a comunicação entre eles é inevitável, pois ambos devem participar na sua educação. Convém, portanto, não levar as discussões para o motivo que os conduziu ao divórcio, mas sim apenas, conversar sobre a questão dos filhos.
Independentemente de qual progenitor ficou com a guarda das crianças, é imprescindível que o outro progenitor participe na educação dos filhos, pois estes vivem situações delicadas que poderão afectar a sua vivência e a congregação deve acolher estas pessoas, não as rejeitando ou discriminando.


O pastor deve agir de forma sensata, rápida e eficaz.
O divórcio acarreta sempre situações de tristeza e depressão quer para o homem, quer para a mulher. Ambos sofrem o que a Psicologia denomina luto branco e que se refere a perda do cônjuge, a solidão, a culpa que poderão sentir, sensação de fracasso. Convém que arranjem alternativas para mudar a sua rotina e evitarem sentir esse estado depressivo.
Os ex-cônjuges devem encontrar soluções para que a sua comunicação não seja conflituosa e para que não exclua os filhos em comum e os possíveis companheiros actuais, de forma a criar uma relação harmoniosa que não prejudique as pessoas implicadas neste processo.
 

           
















[1] Ibid, p. 148

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