quinta-feira, 24 de março de 2016

Conclusão do Trabalho A Comunicação Conjugal e o Divórcio

Este trabalho de investigação permite concluir que para haver um bom relacionamento conjugal, é necessário ter uma preparação matrimonial adequada, levando em consideração uma boa comunicação, que dê resposta a necessidade primária de qualquer ser humano, ter aceitação e segurança psicológica, também é necessário levar em consideração as qualidades psicológicas e emocionais da pessoa em questão, se ela preenche as necessidades da outra pessoa e não somente o aspecto físico. Os casamentos se mantêm quando existe compreensão, simpatia e ternura entre o casal, bem como a confiança mútua e incondicional, pois existe o respeito mútuo, porque o cônjuge sabe e confia que o seu companheiro fará o que for melhor para a felicidade de ambos e por conseguinte da família. Este é o ecossistema do ser humano, lugar em que a pessoa se renova, cresce e se desenvolve. O amor conjugal também inclui estimular psicologicamente e tratar da necessidade psico-emocional do seu cônjuge.
A construção do lar, é composta por nossas decisões, nossa liberdade, e nosso empenho que dispomos para a sua constituição e manutenção. Esta determinação conta com nossa valia pessoal, coragem, diálogo e ânimo com a que dispomos para construir um lar.
O amor verdadeiro se encontra em um relacionamento que se desenvolve e se aprofunda, baseado em experiências partilhadas. O verdadeiro amor é construído tendo como alicerces a auto-aceitação, e é partilhado altruisticamente com os outros, porque está baseado na confiança. O verdadeiro amor inclui satisfação sexual, mas não exclui a partilha de outros aspectos da vida. O verdadeiro amor é crescente e se desenvolve, o amor expande o crescimento e a criatividade da pessoa que ama. O verdadeiro amor aumenta a realidade e torna os cônjuges, mais completos e pessoas equilibradas e adequadas uma à outra. O amor verdadeiro é responsável e aceita de maneira feliz as consequências do envolvimento mútuo.
As linguagens do amor são expressas de forma natural pelo facto do casal amar-  -se. Estas linguagens do amor são outras formas de manter uma boa relação conjugal.
As estações do casamento são as fases que o casal passa e dependendo do amor e relação entre eles, permanecem em uma das fases, ou com algum esforço mútuo conseguem mudar de fase e melhorar o relacionamento.
A comunicação é algo muito importante, que sucede de modo verbal ou não verbal, consciente ou inconscientemente, portanto, a melhor solução é dizer sempre o que se pensa, porque muitos problemas surgem, devido as palavras que não foram ditas. Para um casal estar estável, é importante que alcancem o último nível de comunicação, o que chamamos de pensar em voz alta.
Os factores de ruptura consistem em: viver um dia de cada vez, ou quando a fusão aconteceu com outra pessoa. O conflito surge devido a muitos factores que originam vários tipos de discussões e elas vão pouco a pouco destruindo o relacionamento. A falta de comunicação, a problemas da vida e a falta de amor humano.
A sexualidade é algo muito importante e não pode ser usado como arma, para impor, reinvindicar, vingar-se, a sexualidade é o fruto do amor do casal em que esta seja a forma plena de demonstração da sua complementariedade.
Os sogros podem ser também um factor de conflitos, se eles não souberem administrar a nova fase em que seus filhos estão vivendo, poderão contribuir para a ruptura do casal, pois como pais, continuam querendo proteger os seus filhos.
Concluímos que o divórcio é permitido pela Bíblia tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, pelas seguintes causas: ruptura dos votos matrimoniais, adultério e quando um dos cônjuges que não é cristão, impede que o outro cônjuge exerça as suas crenças, pelas circunstâncias expostas neste trabalho. O divórcio é a última opção para um casal, mas a pessoa não está indo contra a vontade de Deus, se já foram tentadas todas as formas de reconciliação e a situação conjugal continua insustentável. A felicidade da família nestes casos, passa pelo fim do sofrimento, que é proporcionada pelo divórcio, porque tanto cônjuges como filhos sofrem, quando há problemas conjugais. O casal, porque os vive, e os filhos, porque vêem e pressentem que a vida conjugal dos pais não está bem e não conseguem solucioná-la.
Devido a este facto, é importante haver uma boa preparação pré-matrimonial, estar disponível para dar o apoio necessário aos casais, para que eles tentem recuperar o relacionamento, colocando em prática cada um dos pontos expostos nesta investigação e evitar o divórcio, pois é dentro da família que o ser humano se renova, se desenvolve e se restaura.
Do nosso estudo da Bíblia deduzimos que a sociedade religiosa manifesta em parte o medo que têm acerca do divórcio, porque não têm segurança sobre os argumentos bíblicos de que as suas ideias ou as suas intenções de fazê-lo, estejam certas. Embora Deus permita o divórcio e a hipótese de casar-se novamente, devido a sociedade religiosa ter dúvidas sobre o assunto, as ideias divergem e as pessoas terminam por se dividir. Pois as pessoas pensam que Deus não permite o divórcio e a pessoa divorciada se sente rejeitada por Deus e pelas pessoas que pertencem a determinada denominação, porque para a pessoa divorciada a opinião desta sociedade, é
um reflexo do que Deus pensa. Porém Deus ama a todos os seres humanos, divorciados, casados, solteiros e viúvos e não é pelo facto de uma pessoa ter se divorciado que é menos amado por Deus. O divórcio como tantos outros aspectos da vida, faz parte de um aprendizado e um crescimento interior.
            Se o divórcio deixar de ser discriminado pelas pessoas, a pessoa divorciada como as que não o são, talvez vejam melhor o amor de Deus pelo ser humano, porque todo o ser humano tem que ter bem presente na sua mente que não é superior a ninguém, que é uma criatura de Deus, que está sujeito a errar e aprender com os erros e que cada pessoa tem o seu tempo para aprender cada conceito da vida, como também cada pessoa está numa fase diferente do aprendizado da vida. Se as pessoas pensassem deste maneira, as situações eram melhor resolvidas. 
O divórcio tem lugar quando não há mais possibilidade de reconciliação e o sofrimento é contínuo, pois pensamos que o amor humano como sentimento é a base da relação e quando este está maduro a um determinado estado, passa a existir o amor cristão dentro da relação. O amor cristão não pode estar em primeiro lugar, porque este facto ocasionará sofrimento contínuo e um desgaste da relação. É importante levar em consideração as pessoas como indivíduos e como casal e que as pessoas deixem de sofrer, devido a incompatibilidade de personalidades, porque não há mais conflitos que
danifiquem a vida psicológica e emocional da pessoa e dos filhos também, pois estes se apercebem dos problemas que os pais enfrentam como casal. O divórcio proporciona liberdade conjugal para a pessoa conseguir resolver todos os seus problemas conjugais, incluindo a sexualidade equivocada, tendo a alternativa de encontrar-se em termos psicológicos e emocionais com uma outra pessoa.
Temos que admitir que o divórcio traz como consequência o luto branco, porém é melhor sofrer o luto branco por um determinado tempo, que ter constantemente problemas conjugais e colocar não somente o casal em sofrimento, como também os filhos e parentes próximos como pais e irmãos. Quando uma pessoa se casa, não casa somente com o cônjuge que escolheu, mas também indirectamente com a família deste, pois passa a pertencer a este novo grupo.
Os obstáculos encontrados para a realização deste trabalho estavam relacionados em encontrar argumentos para certas partes do Antigo Testamento, porque influenciaria as evidências encontradas no Novo Testamento. Em minha opinião, os limites sobre este tema são poucos, porque a Bíblia nos fornece informações e dados suficientes que nos abrem um panorama bíblico, sobre o tema, que são mais amplos do que normalmente podemos pensar.





















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